Prefeita pede interferência do Estado no caso Toninho

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Por Agencia Estado
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A prefeita de Campinas, Izalene Tiene (PT), comunicou que irá se reunir amanhã com o secretário estadual de Segurança Pública, Marco Vinicio Petrelluzzi. No encontro, marcado para as 9 horas, no gabinete do secretário, em São Paulo, Izalene irá oficializar o pedido de afastamento do delegado seccional Osmar Porcelli das investigações sobre a morte do prefeito Antonio da Costa Santos, o Toninho, há três meses. A assessoria de imprensa da Secretaria informou que a reunião estava prevista, mas ainda não confirmada. A prefeita irá a São Paulo acompanhada do presidente da Câmara Municipal de Campinas, Romeu Santini (PSDB), dos advogados criminalistas que representam a prefeitura e a família, Ralph Tórtima Stettinger e Ralph Tórtima Stettinger Filho, e da viúva do prefeito, Roseana Moraes Garcia. Ontem à noite estava prevista a votação no legislativo de uma moção de Santini, na qual ele também pede o afastamento de Porcelli do caso. Se aprovada, a moção será encaminhada a Petrelluzzi no encontro. A mobilização da Câmara e da prefeitura teve como estopim a devolução à seguradora do Vectra prata, veículo que teria sido usado no assassinato. Uma equipe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de São Paulo, destacada para o caso há uma semana, procurou o carro para uma vistoria e foi informada de que ele havia sido devolvido. O carro foi encontrado em uma funilaria. Segundo Porcelli, ele estava sendo guardado, à disposição da polícia. A justificativa não convenceu o grupo que se encontrará com Petrelluzzi. Os advogados, a prefeita e o vereador argumentam que Porcelli desistiu de outras linhas de investigação por conta da prisão de quatro suspeitos, atualmente livres por decisão da Justiça. O delegado não se manifestou sobre o assunto. Para Stettinger, seria de bom-senso que Porcelli se afastasse espontaneamente do caso. "À angústia de perder o prefeito, soma-se a insegurança de uma investigação em que a população não acredita", disse. O advogado defendeu que o afastamento espontâneo do delegado representaria um "gesto digno" e evitaria "circunstâncias traumáticas". Ato público Os três meses da morte do prefeito Antonio da Costa Santos, ocorrida na noite de 10 de setembro, foram lembrados ontem com uma série de eventos em Campinas. Uma colcha de retalhos foi confeccionada ao longo do dia por manifestantes, na prefeitura. No início da noite, a colcha seria levada para o Largo do Rosário, onde iria ocorrer o ato público batizado de "Vamos Precisar de todo mundo".

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