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Prefeito de Bariri é condenado a 42 anos de prisão

O Ministério público acredita, porém, que a pena é leve e quer aumentá-la para um total de 294 anos

Por Agencia Estado
Atualização:

O ex-prefeito de Bariri, interior de São Paulo, Domingos Antonio Fortunato Júnior, foi condenado a penas que somam 42 anos de prisão por desviar dinheiro da Prefeitura e depositá-lo na sua conta particular e de um posto de combustível de sua propriedade. O Ministério público (MP) acredita que a pena é leve e quer aumentá-la para um total de 294 anos. Além disso, o MP quer fazer com que o prefeito devolva os recursos aos cofres públicos. Fortunato Júnior, que governou a cidade entre 1989 e 1992, foi condenado em 18 crimes a penas de 2 anos e 4 meses cada um. Foram 18 desvios de recursos cuja quantia ainda não foi atualizada pela Justiça nem pelo Ministério Público. Além do ex-prefeito, o então diretor financeiro da Prefeitura, Luiz Antônio Morales foi condenado a 7 anos de prisão, por ter depositado por 3 vezes dinheiro público na sua conta particular. De acordo com o promotor de Justiça de Bariri, Luciano Coutinho, o dinheiro saía da Prefeitura a título de pagamento para empresas de transporte do município, mas sem qualquer comprovante de que os serviços foram prestados. Na apuração, depois de quebrado o sigilo bancário dos envolvidos, os cheques foram encontrados nas contas particulares deles. O promotor acha a pena muito pequena pelos prejuízos causados. Em recurso ao Tribunal de Justiça, Coutinho pede condenação de 7 anos para cada um dos 18 desvios. Segundo ele, a punição para o crime é prevista entre 2 e 15 anos de prisão e os 7 anos é a média. O objetivo é evitar que a punição se prescreva, o que pode acontecer se o processo não for julgado definitivamente no prazo de 2 anos e 4 meses estabelecido pela Justiça. O promotor também pede o ressarcimento dos recursos e afastamento dos acusados da vida pública por cinco anos, procedimentos não adotados pela juíza Carina Lucheta Carrara na sentença em que condenou o ex-prefeito em primeira instância.

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