Prefeito de Paraty vai ao Rio tentar verba para salvar patrimônio

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Por Agencia Estado
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O prefeito de Paraty, José Claudio de Araújo (PMDB), chegou Nesta segunda-feira ao Rio, onde vai passar três dias conversando com empresários e pedindo financiamento para tentar salvar a cidade histórica que, segundo ele, está ameaçada pelos riscos de enchentes e de incêndio. Na semana passada, o prefeito decidiu decretar estado de emergência no município para chamar a atenção das autoridades estaduais e federais sobre a degradação da cidade. Segundo Araújo, a Prefeitura de Paraty não tem dinheiro, mas precisa começar imediatamente a limpeza de trechos dos rios que cortam a cidade e alagam ruas e prédios históricos. A outra medida é iniciar obras para reduzir o perigo de incêndios e, ao mesmo tempo, melhorar o serviço do Corpo de Bombeiros. "Além de sofrer com muitas chuvas e muitos alagamentos dos rios, Paraty é um verdadeiro barril de pólvora por causa dos prédios antigos", alertou. Segundo ele, não há hidrantes em Paraty e o Corpo de Bombeiros da cidade funciona de modo precário. "Não vou esperar as igrejas pegarem fogo, como ocorreu em Pirenópolis (GO), ou então afundar com as enchentes. Temos que agir agora", afirmou. Para realizar as obras contra enchentes, as de prevenção de incêndios e os reparos nos prédios históricos, o prefeito estima que a cidade necessita de cerca de R$ 15 milhões. "Achamos que, como Paraty é patrimônio histórico nacional e candidata a patrimônio mundial (a ONU estuda essa possibilidade), a sociedade tem que se mobilizar para tentar salvá-la", afirmou. "E o que estou tentando fazer é aumentar a consciência dos empresariado brasileiro. Como ocorre em outros países, eles precisam investir mais nessa área", acrescentou o prefeito, que ontem se reuniu com empresários na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Os principais prédios históricos de Paraty são a Igreja da Matriz (1853), a Igreja do Rosário (1725), a Capela das Dores (1800), a Igreja de Santa Rita (1722) e a Santa Casa de Misericórdia (1822). Além do risco de enchente e de incêndio, esses prédios também precisam ser reformados. A cidade é considerada patrimônio histórico nacional desde 1966.

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