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Prefeito do Rio elogia postura da PM ao retirar professores da Câmara

Eduardo Paes (PMDB), negou que tenha havido truculência na ação de sábado e afirmou que desocupação era necessária

Por Adriano Barcelos
Atualização:

RIO - Em entrevista na tarde desta segunda-feira, 30, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), negou que tenha havido truculência na desocupação da Câmara, realizada pela Polícia Militar na noite de sábado.

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Ao programa RJTV, Paes fez críticas ao Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), responsável pela ocupação do plenário e por uma greve na rede municipal de ensino que ocorre desde 8 de agosto.

"O parlamento é um espaço de diálogo. Que vão lá e discutam com os vereadores. Apresentem as emendas. Esse é o debate. Você não ocupa o plenário. Não acho que seja adequado no regime democrático você invadir um plenário. O presidente da Câmara (Jorge Felippe, do PMDB) levou um soco", comentou Paes. "A desocupação era necessária. A Polícia Militar agiu com correção, a pedido do presidente da Câmara. Lá fora (onde houve o uso de gás lacrimogêneo e spray de pimenta) não havia só professores", completou o prefeito.

Paes fez ainda uma defesa do projeto que cria o novo Plano de Cargos e Salários para a rede municipal e disse que o sindicato tem divulgado "inverdades". Ele rejeita o entendimento de que os professores concursados para cargas de trabalho inferiores a 40 horas semanais serão forçados a se adequar às novas exigências e afirmou que a "polivalência" - segundo a qual os professores qualificados para lecionar nas séries finais do ensino fundamental seriam obrigados a dar aulas para crianças menores - é opcional.

"O que há é o ginásio experimental, instalado em escolas menores, em que o professor que quiser ir para lá pode ir. Mas não é obrigado. Quem não quiser, segue vida normal", disse.

O projeto do Plano de Cargos e Salários deverá ser analisado pela Câmara de Vereadores na sessão de terça-feira.

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