SÃO PAULO - Em entrevista coletiva dada pouco antes das 6 horas da manhã, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), afirmou que a situação na cidade, após uma terça-feira caótica, já é bem melhor, mas enfatizou que "hoje será um dia de muitas restrições em relação ao deslocamento das pessoas".
O prefeito disse que não houve novos registros de deslizamentos nesta madrugada, mas que os morros seguem muito encharcados e há ainda risco de novas quedas de barreiras. Paes pediu aos cariocas que só se desloquem de suas casas para outros lugares caso seja realmente essencial, por exemplo, quem tem que trabalhar.
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"Vamos ter ainda muitos transtornos no trânsito. A previsão de chuva para hoje não é nada parecida com a chuva que tivemos ontem", acrescentou o prefeito, que se reuniu neste início de manhã, na sede da CET-Rio, com representantes de órgãos públicos responsáveis por concentrar informações sobre a situação de momento na cidade em relação às chuvas.
Temporal
O maior temporal da história do Rio de Janeiro nos últimos 44 anos causou deslizamentos, destruição, colapso na infraestrutura, nos transportes e já deixou 103 mortos. De acordo com levantamento feito nas prefeituras e no governo do Estado, foram 48 mortes em Niterói, 16 em São Gonçalo, 36 na capital, dois na Baixada Fluminense e um em Petrópolis, na região serrana. A maioria das vítimas morava em áreas de encosta, como no Morro dos Prazeres, em Santa Tereza, onde os deslizamentos mataram 14 pessoas.
A prefeitura do Rio informa que são 1.410 desabrigados, 368 desalojados, 56 feridos e quatro desaparecidas. Oito bombeiros ficaram gravemente feridos na tentativa de resgate em Niterói. O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB) decretou luto oficial de três dias pelas vítimas.
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