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Prefeitura de BH afasta funcionários suspeitos de corrupção

Por Agencia Estado
Atualização:

A Prefeitura de Belo Horizonte decidiu nesta quarta-feira afastar funcionários das secretarias de Regulamentação Urbana e do Meio Ambiente e da regional Centro-Sul, suspeitos de praticarem tráfico de influência e venda de alvarás para pontos comerciais da cidade. A medida foi divulgada por uma comissão especial criada pelo prefeito Fernando Pimentel (PT) para apurar os indícios de irregularidades, denunciadas pelo jornal Estado de Minas. Agentes, fiscais e funcionários que trabalham no atendimento ao público das secretarias municipais e da regional são acusados de vender alvarás - o preço chegaria a R$ 8 mil - para donos de pontos comercias, pagar propina a servidores municipais para agilizar o processo de licenciamento de atividades e facilitar a aprovação de documentações incompletas, entre outras atividades ilícitas. O esquema teria a participação de despachantes e contadores. O número de funcionários que foram afastados não foi divulgado. A Corregedoria do Município vai instaurar uma sindicância para apurar as denúncias. Os servidores permanecerão afastados até a conclusão das investigações da comissão. O atendimento ao público nos órgãos citados foi suspenso nesta quinta-feira e na sexta. A Prefeitura informou também que pretende eliminar intermediários na orientação do público sobre o processo de obtenção de alvarás, por meio de linhas telefônicas automatizadas. Um serviço de disque-denúncia deverá ser disponibilizado até o início do próximo para receber informações sobre irregularidades praticadas por servidores ou autoridades do município. A Câmara Municipal estuda a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as denúncias.

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