Prefeitura de Salvador apreende 150 mil latinhas 'irregulares' de cerveja

Circuitos funcionam como zona de exclusividade comercial para patrocinadores oficiais do carnaval na cidade

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Por Tiago Décimo
Atualização:

O "fechamento" dos circuitos do carnaval de Salvador, com a criação de uma "zona de exclusividade comercial" para os patrocinadores oficiais da festa criou uma novidade para a Prefeitura: a apreensão de cervejas e refrigerantes "ilegais" nos circuitos.

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Em três dias de festa, o depósito da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Sumop) já recebeu mais de 150 mil latinhas de bebidas, quase a totalidade de cerveja que não era das marcas patrocinadoras da festa. O Grupo Petrópolis, por meio da marca Itaipava, patrocina o Circuito Dodô (Barra-Ondina) e a Brasil Kirin, com a Schin, patrocina os circuitos Osmar (Campo Grande) e Batatinha (Pelourinho). Cada empresa investiu R$ 10 milhões para ter a marca atrelada à folia baiana.

O comércio de bebidas de outros fabricantes é liberado apenas dentro de blocos e camarotes que tenham patrocínios de outras marcas. Por isso, causaram surpresa duas apreensões feitas por agentes da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom), no início da noite deste sábado, 1º, dentro do blocos Nana Banana, comandado pela banda Chiclete com Banana, e Banana Coral, liderado pelo grupo Oito7Nove4, no Circuito Dodô. Ao todo, três carrinhos de bebidas de ambulantes que trabalhavam dentro dos blocos, patrocinados por marcas concorrentes às das patrocinadoras oficiais, foram apreendidos.

De acordo com a Prefeitura, a ação foi tomada depois que os vendedores foram flagrados vendendo as bebidas para foliões que estavam fora das cordas dos blocos - o que é proibido. De acordo com a administração pública, além da apreensão dos produtos, as agremiações serão autuadas pela infração. As bebidas retidas no depósito só podem ser retiradas mediante pagamento de multa. Se o material não for reclamado, será destruído.

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