PUBLICIDADE

Prefeitura de São Paulo retoma módulos do PAS

Por Agencia Estado
Atualização:

A Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo retoma na próxima sexta-feira todas as unidades dos módulos central - que inclui o oeste -, norte e sul do Plano de Atendimento à Saúde (PAS). No dia 21, será a vez do módulo leste, última etapa para a extinção do plano, que na gestão Celso Pitta foi renomeado para Sistema Integrado Municipal de Saúde (Sims). Apesar da estrutura sucateada, da dificuldade financeira e do número insuficiente de médicos, o secretário Eduardo Jorge (PT) disse nesta segunda-feira que a Prefeitura está preparada para assumir a rede municipal. Para suprir a falta de funcionários e serviços, a SMS está realizando contratos de emergência, válidos por seis meses. O maior problema até agora está na admissão dos médicos. Das 1.600 vagas abertas, somente 693 foram preenchidas, mesmo com o aumento do salário de R$ 760,00 para R$ 1.911,00. "O problema é de distância, pois os médicos querem trabalhar na região central. Eles acham que não vale a pena, pelo mesmo salário, trabalhar nos extremos das zonas leste e sul." Segundo o secretário, uma das maneiras de preencher as vagas seria buscar médicos fora de São Paulo ou contratar plantonistas para essas áreas afastadas, em vez de diaristas. A meta da SMS é contratar 6 mil médicos. Por enquanto, são cerca de 4 mil. Cerca de 600 desses profissionais, num total de 5 mil, voltaram de outras secretarias, para as quais foram designados com o início do PAS. Outros 1.400 foram contratados durante o ano, e 2 mil saíram do PAS. "Dos médicos do PAS, só não trabalha na Prefeitura quem não quer." Também já foram contratadas quatrocentas enfermeiras, mais de mil auxiliares de enfermagem e 500 auxiliares administrativos. Durante os seis meses, os novos funcionários terão de passar por um concurso público, ainda em licitação, para serem admitidos. Jorge não acredita que a falta de profissionais possa prejudicar o atendimento. "Já existe recuperação de parte da rede. No entanto, em menos de um ano não dá para garantir uma melhora total." A Prefeitura já está recebendo R$ 8,3 milhões por mês do Sistema Único de Saúde (SUS), de um total de R$ 100 milhões acertados para 2001. A verba será destinada à rede de serviço básico da capital e do Estado, que está sendo municipalizada. Entre os 38 contratos necessários nas áreas de limpeza, nutrição, vigilância, ambulância, equipamentos e manutenção predial, só falta concluir 11, segundo o secretário. O custo durante os seis meses será de R$ 57 mil. "Licitações gêmeas estão ocorrendo paralelamente aos contratos de emergência", disse o secretário. Segundo ele, não houve estrutura para concluir as concorrências porque a pasta só tem quatro comissões para conduzi-las. Até o fim do ano, de acordo com o chefe de gabinete, Paulo Carrara, a secretaria deve encerrar os 205 processos licitatórios.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.