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Prefeitura de SP lança guia para melhorar acesso de deficiente físico

Por Agencia Estado
Atualização:

Arquitetos e construtores ganharam uma receita de bolo que vai agradar aos portadores de deficiência física: um guia ilustrado e técnico para garantir a acessibilidade dessas pessoas. O manual foi lançado nesta quimta-feira pela Prefeitura na sede do Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo (Sinduscon), em evento da 1ª Semana de Acessibilidade, promovida pelo município. "As informações estavam pulverizadas. O que fizemos foi concentrá-las", explicou o secretário-executivo da Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA), Edison Passafaro, paraplégico há 22 anos. "Queremos incentivar o conceito de construções universais, em que todos, portadores ou não de deficiência, tenham acesso." O presidente do Sinduscon, Arthur Quaresma Filho, ressaltou a importância de se conscientizar a população. "Não podemos pensar só no homem padrão para construir, até porque ele pode se tornar um portador de deficiência." O advogado Alan Cortez de Lucena viveu uma situação que o guia poderia evitar. Num hotel de Brasília, viu o que parecia uma idéia brilhante: um andar inteiro adaptado para deficientes. "A pia do banheiro ficava na altura da minha canela. Tiveram boa intenção, mas faltou uma consultoria adequada", disse Lucena, presidente da comissão na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) que trata de direitos de deficientes. A Prefeitura também criou um cartão para uso de vagas reservadas. Quem passa a ter direito a estacionar é o portador de deficiência, independentemente do veículo em que estiver. Antes, apenas carros com adesivos estavam autorizados. "Queremos moralizar o uso e evitar utilização indevida", disse Passafaro. O advogado José Francisco Vidotto, um dos primeiros a receber o cartão, elogiou a iniciativa. "O importante é que estão sendo tomadas medidas para garantir a sociabilidade do deficiente. A acessibilidade ainda é pouco respeitada." Em Santo André, a subseção da OAB lançou um guia sobre direitos e leis para deficientes, voltado para a população em geral. Os 30 mil exemplares vão ser distribuídos em todo o Estado. "Às vezes, o próprio deficiente não conhece seus direitos", disse a coordenadora do trabalho, Alice Tebcherane Affonso. "Lutamos pela inclusão do deficiente na base da conscientização. Protecionismo também é discriminatório."

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