Prefeitura de SP vai reajustar IPTU com base na inflação

Prefeitura desistiu de mudar a cobrança do IPTU que pretendia dividir o município em áreas onde os imóveis mais valorizados teriam reajuste de quase 10%

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta segunda-feira, 20, que vai retirar o projeto enviado à Câmara Municipal que aumentava o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em regiões mais valorizadas da cidade já em janeiro de 2007. De acordo com informações da reportagem da Rádio Eldorado AM, pela nova proposta, o reajuste será de acordo com a inflação de 2007. A idéia inicial do projeto era dividir o município em áreas onde os imóveis que fossem mais valorizados sofreriam um reajuste de quase 10% em 2007. Já nos locais menos valorizados poderia haver, inclusive, uma redução no valor do IPTU. Outro ponto do projeto era o aumento do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) em alguns setores que não eram obrigados a pagar de acordo com o valor arrecadado. A Prefeitura também queria reajustar o valor venal dos imóveis todos os anos, ao contrário do que é feito hoje. Com isso, o valor venal seria equivalente a 70% do valor mercado imobiliário e, a partir de 2008, o cálculo para o IPTU o que poderia aumentar em até três vezes. Houve no entanto pressões sobre a administração municipal contra o projeto, tanto da Associação Comercial, alguns setores da sociedade e até dos próprios vereadores. Por isso a prefeitura decidiu recuar e vai aumentar apenas o equivalente a inflação do ano em 2007. O prefeito Gilberto Kassab anunciou que vai se reunir nesta terça-feira, 21, com os líderes da Câmara Municipal para discutir o assunto. "Estamos conscientes de que esta negociação aconteceu, foi transparente, foi importante. E dessa maneira nós teremos a oportunidade de votar o projeto, excluindo-se os itens que tratam do IPTU, com exceção do reajuste no campo inflacionário", disse Kassab. A prefeitura também recuou sobre o ISS, que sofreria alguns reajustes para setores, como no caso dos advogados, que não são obrigados a pagar de acordo com a arrecadação. Kassab preferiu dizer que "não foi um recuo da prefeitura, mas apenas uma negociação normal entre a administração municipal e o Legislativo". "Isso mostra a abertura da prefeitura para negociar com a Câmara, com a sociedade".

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