Prefeitura do Rio quer usar porta-aviões no réveillon

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Por Agencia Estado
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O secretário municipal de Turismo e presidente da Riotur, José Eduardo Guinle, vai se encontrar no dia 27 de junho com autoridades da Marinha para selar um convênio que prevê a transferência da administração do porta-aviões Minas Gerais para o governo municipal. Os planos da Prefeitura para o navio são ambiciosos: usá-lo no réveillon da Praia de Copacabana. Parte do espetáculo de fogos da festa de fim de ano seria realizada do tombadilho do navio. "O porta-aviões é completamente seguro para fazer este tipo de evento. Além disso, ele por si só já é uma atração inusitada", afirmou José Eduardo Guinle. A idéia de dividir as responsabilidades - a Marinha continuaria com a operação e manutenção das máquinas - surgiu em um almoço, no dia 21 do mês passado, entre o prefeito César Maia e o almirante Luiz Antônio da Silva Lima. Adquirido da Inglaterra em 1958, o Minas Gerais foi aposentado pela Marinha e até o surgimento deste projeto, estava com destino não definido. Será formada uma equipe de técnicos para estudar as melhores alternativas de aproveitamento do navio. Entre as propostas estão a criação de um museu, de um centro de convenções e de lojas para a venda de artesanato brasileiro. "Não temos ainda os detalhes amarrados. Tudo ainda é muito novo neste assunto", ressaltou Guinle. Segundo ele, há algum tempo a Prefeitura vem pensando em transferir parte do show de fogos para o mar a fim de evitar novos acidentes na areia, como o que aconteceu no ano passado. Tanto assim, que na sexta-feira passada ele participou de uma reunião com a Capitania dos Portos para discutir a viabilidade de se deslocar embarcações para a praia de Copacabana para se realizar a queima de fogos do local. "Independente do episódio ocorrido no ano passado, o réveillon do Rio precisa mudar a fórmula, que está esgotada", comentou. Ontem, Guinle entregou aos representantes da Associação dos Hotéis os planos para o fim de ano. Em vez de dez pontos para a queima de fogos, estão previstos apenas seis. O porta-aviões seria base para o lançamento de fogos, que também seriam acionados de outros dois grandes pontos: o Forte de Copacabana e a ponta do Leme. Na praia, seriam montados pontos apenas no Leme, no Copacabana Palace e um outro perto do posto 6. "Queremos espalhar o público para que as concentrações de pessoas sejam menores", explicou Guinle. Iemanjá O secretário de Turismo disse que o governo municipal quer também incentivar a volta das festas em homenagem a Iemanjá. "Os devotos desta entidade foram sendo expulsos das areias por conta do grande número de fogos. Acho que esta manifestação tem tudo a ver com o Brasil e é muito interessante para os turistas", pensa. Outra novidade é a realização, pela primeira vez, de um baile popular no Sambódromo. O próximo réveillon de Copacabana terá mais um palco para shows (no ano passado foram dois) "Todos os shows serão de MPB, com artistas, preferencialmente, cantando e tocando samba e chorinho. Queremos dar uma cara carioca ao réveillon", esclareceu. Outros palcos serão distribuídos pela Barra, Recreio Ipanema, Ilha do Governador, Ramos, Paquetá e Sepetiba.

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