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Prefeitura fecha três asilos em São José

Por Agencia Estado
Atualização:

Manter asilos clandestinos na própria casa virou meio de vida para pessoas que não têm emprego ou renda fixa. Em São José dos Campos, os asilos deste tipo cresceram muito e estão dando trabalho à administração pública. Em duas semanas, três casas de repouso que funcionavam de forma irregular, com péssimas condições de higiene e infra-estrutura foram fechadas. As pessoas decidem transformar a própria casa em asilo, pegam a aposentadoria dos idosos e ainda contam com a generosidade de vizinhos e da comunidade. "Fazem desta aparente caridade um negócio, que traz lucros e renda mensal", diz o diretor do Departamento de Ação Social da prefeitura, João Francisco Sawaya de Lima. A cidade tem hoje 15 locais clandestinos onde vivem cerca de 130 idosos, e apenas quatro regularizados, que abrigam 200 pessoas. Sawaya de Lima reconhece que os locais regularizados são poucos, mas informa que a prefeitura estuda a criação de um asilo municipal e parcerias com os demais para aumentar o número de vagas. As casas fechadas apresentavam péssimas condições de higiene, não ofereciam infra-estrutura adequada nem profissionais, como médicos, enfermeira ou nutricionista. Isso sem contar as denúncias de maus-tratos. "Não basta apenas uma cama para cuidar do idoso", avalia Lima. As denúncias de maus-tratos foram levadas ao Ministério Público e serão investigadas pela Polícia Civil. "Vamos fechar todas as casas clandestinas e inibir qualquer outra", avisa Lima. Além dos asilos, creches clandestinas também são alvo de fiscalização na cidade.

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