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Prefeitura suspende bulevar na V. Madalena

CET fará uma pesquisa de opinião; comércio prepara abaixo-assinado

Foto do author Bruna Ribeiro
Por Naiana Oscar e Bruna Ribeiro
Atualização:

A Prefeitura de São Paulo suspendeu o projeto de bulevar da Vila Madalena, previsto para ser entregue em dezembro do ano passado. O governo municipal alega ter desistido, pelo menos temporariamente, por causa da repercussão negativa que as obras e as mudanças viárias tiveram na região. No início do ano, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) chegou a instalar semáforos e placas de sinalização. Até agora, os equipamentos estão desligados - e alguns seguem cobertos com um saco preto. O projeto do bulevar previa mudanças no quadrilátero das Ruas Wisard, Mourato Coelho, Harmonia e Aspicuelta. O custo das obras, de R$ 3 milhões, seria bancado majoritariamente pela cervejaria AmBev, por meio de parceria com a Prefeitura. Em janeiro, o secretário de Coordenação das Subprefeituras, Andrea Matarazzo, justificou o atraso nas obras dizendo que o projeto original precisou ser modificado para atender aos pedidos dos moradores. Agora, até essas alterações estão suspensas. A CET vai fazer uma pesquisa de opinião no bairro para definir o futuro do projeto. "Por causa das diferentes reações suscitadas, a companhia decidiu fazer uma pesquisa com a comunidade local para saber da conveniência do bulevar", informou em nota. Os comerciantes do bairro, porém, apoiam o projeto e iniciaram um abaixo-assinado para tirá-lo do papel. Quem não concorda com as mudanças são os moradores do bairro vizinho, Alto de Pinheiros, que temem congestionamentos após as obras. A criação do bulevar previa a mudança de mão de algumas ruas: a Aspicuelta só descendo (no sentido da Simão Alvares) e a Wisard só subindo (no sentido da Harmonia). Sem definição, os semáforos novos seguem desligados na Vila Madalena, o que confunde os motoristas. Os sinais foram instalados com recursos da AmBev, que informou aguardar orientações da Prefeitura para dar seguimento à parceria.

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