Prefeitura usa apenas 22% de verba para o Procentro

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Por Marici Capitelli , Daniel Gonzales e Jornal da Tarde
Atualização:

O Programa de Reabilitação da Área Central de São Paulo (Procentro), anunciado há quase cinco anos para mudar a cara do centro da cidade e promover sua revitalização, se perdeu em meio à burocracia municipal. Do total de US$ 167,4 milhões destinados ao programa, foram gastos até agora apenas US$ 36,7 milhões, o equivalente a 22% do previsto. De toda a verba, US$ 100,4 milhões vieram de um empréstimo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e US$ 67 milhões de contrapartida da Prefeitura. A complexidade do programa, dividido em 176 ações, por 13 subprefeituras, é uma das dificuldades para a implementação. Rubens Chammas, diretor de Desenvolvimento e Intervenções Urbanas da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), reconhece que o fatiamento de ações dificulta. "Algumas vezes, tivemos de lembrar técnicos que eles tinham esses recursos disponíveis." Chammas diz, por exemplo, que o tempo entre a elaboração de um projeto e o da obra, passando por todo o processo de licitação, pode chegar a quase dois anos. A Prefeitura teve até mesmo que fazer um pagamento de R$ 460 mil a título de "comissão de crédito" para o BID, porque não usou parte do dinheiro que foi enviado. O montante dos recursos do BID, segundo Chammas, não veio todo de uma vez para a Prefeitura. Há um fundo rotativo onde ficam depositados US$ 5 milhões. Na medida em que os acordos são pagos, o dinheiro é reposto.Embora o empréstimo termine em junho do ano que vem, o BID deve continuar a enviar o dinheiro até junho de 2010.

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