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Prefeitura vai implantar casa de cuidados para sem-teto

Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário da Família e Bem-Estar Social, Evilásio Farias, disse hoje, durante intervalo da reunião do secretariado com a prefeita Marta Suplicy (PT), que a prefeitura paulistana vai implantar, dentro de dois meses, uma casa de cuidados especiais para os sem-teto. A casa de cuidados especiais vai atender aos moradores de rua que tenham sido hospitalizados e ou submetidos a cirurgias e que precisem de um local para recuperação. Inicialmente, a casa irá atender a 100 moradores de rua. Atualmente, segundo a secretaria, 9 mil pessoas moram nas ruas da capital paulista. "A casa vai atender quem já teve alta hospitalar mas ainda necessita de cuidados. Com o local, ao invés de eles voltarem para baixo dos viadutos, vão ser atendidos na casa e receber os cuidados devidos para, posteriormente, serem acomodados em albergues", explicou o secretário municipal da Saúde, Eduardo Jorge. Farias afirmou que a prefeitura já está procurando um prédio no centro da cidade para colocar em funcionamento a casa de recuperação. Há também a hipótese de a prefeitura utilizar um imóvel da Santa Casa para o projeto. O gasto com a infra-estrutura deverá ficar em torno de R$ 400 mil, o que já está previsto no orçamento da secretaria. De acordo com Farias, a casa faz parte de um programa específico de saúde para o morador de rua que a prefeitura pretende implantar. "O morador de rua tem um perfil diferente da população em geral. Eles têm um índice elevado de HIV (vírus da Aids) positivo, de alcoolismo e até de dependência de drogas, além de um índice alto de psicopatias", disse o secretário da Família e Bem-Estar Social. Segundo Farias, outra intenção da administração petista é incluir moradores de rua em um programa de saúde pública, como o de vacinação de idosos contra doenças infecciosas. Albergue Entre outras iniciativas da prefeitura no que se refere ao atendimento dos moradores de rua está, segundo Farias, a criação de um albergue para assistir mulheres com filhos que moram nas ruas e tenha sido vítimas de violência. O albergue, segundo o secretário, também deverá estar em funcionamento dentro de 60 dias. Ele afirmou que o custo para a implantação do albergue feminino deverá consumir R$ 300 mil. Farias afirmou que a prefeitura estuda ainda outras iniciativas, que foram anunciadas durante encontro do secretariado com a prefeita. Entre elas estão a criação de uma cooperativa de sem-teto, a implantação de novos albergues e de albergues emergências para o inverno, além de colocar em prática a informatização dos dados dos moradores de rua para haver melhor controle da situação.

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