Prefeituras vizinhas organizam força-tarefa para limpeza de Petrópolis

Funcionários de limpeza do Rio e de Niterói vão auxiliar prefeitura de Petrópolis no próximo domingo, 20. Projeto de reconstrução e recuperação de encostas da cidade também vai contar com ajuda de técnicos de outros municípios

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Por Fabio Grellet
Atualização:

RIO - Funcionários das prefeituras do Rio de Janeiro, de Petrópolis (Região Serrana) e de Niterói (Região Metropolitana) vão se reunir neste domingo, 20, para um trabalho conjunto de limpeza em Petrópolis, a partir do centro da cidade. Na última terça-feira, 15, Petrópolis foi devastada por uma chuva que matou pelo menos 171 pessoas. Ainda estão desaparecidas 213 pessoas, e outras 967 estão fora de suas casas, abrigadas em pontos de apoio organizados pelo município.

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O acordo para o trabalho conjunto de limpeza foi firmado durante reunião realizada nesta sexta-feira, 18, entre o prefeito de Petrópolis, Rubens Bomtempo (PSB), e três representantes da Frente Nacional dos Prefeitos - o ex-prefeito de Niterói, Rodrigo Neves, e os atuais secretários de Governo e de Defesa Civil de Niterói, Bira Marques e Walace Medeiros, respectivamente. Também foi firmado um acordo para que técnicos e engenheiros dos municípios vizinhos apoiem a Prefeitura de Petrópolis no projeto de reconstrução e recuperação das encostas do município.

Bomtempo anunciou a iniciativa durante entrevista coletiva concedida na noite desta sexta-feira, em que ele comentou a situação da cidade. “Ninguém vai morar em área de risco porque quer”, afirmou. Questionado se ainda tem esperança de que vítimas sejam encontradas vivas sob os escombros do temporal de terça-feira, o prefeito preferiu transferir a pergunta a um secretário, que afirmou, lacônico: “Esperança sempre há”.

Impacto das chuvas na esquina da Rua do Imperador com a Praça Dr. Sá Earp Filho, no centro histórico de Petrópolis Foto: Wilton Junior/Estadão - 16/02/2022

A cidade está em estado de calamidade desde a terça-feira, 15, quando choveu 259,8 milímetros em 24 horas, superando o recorde anterior de 168,2 milímetros, registrado em 20 de agosto de 1952. A chuva, que em quatro horas superou o esperado para todo o mês de fevereiro, causou a destruição de encostas, imóveis, ruas e patrimônios culturais.

As áreas mais atingidas na cidade foram a do Caxambu, Morro da Oficina, Vila Felipe, Vila Militar, Sargento Boening e Saldanha Marinho. As ruas 24 de Maio, 1º de Maio, Coronel Veiga, Uruguai, Washington Luiz e do Imperador, além da Avenida Portugal, também foram muito afetadas. Desde a terça-feira, centenas de militares e moradores da cidade trabalham para tentar resgatar vítimas e objetos pessoais.

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