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Prenderam inocente, diz advogado de Ralf

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela e Rodrigo Pereira
Atualização:

O advogado José Luiz de Oliveira, que defende o piloto Milton Helfenstens, o Ralf,preso segunda-feira pela Polícia Federal em São Roque numa operação de combate ao narcotráfico, disse ontem que seu cliente é vítima de uma injustiça. "Posso garantir sua inocência. Ele nunca teve envolvimento com esse tipo de coisa." Ralf, instrutor de vôo no Aeroclube de São Paulo e piloto freelancer, já atendeu clientes como o empresário Antonio Ermírio de Moraes e trabalhou numa das campanhas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Passou a ser investigado por ter comandado um avião que estaria a serviço do megatraficante colombiano Juan Carlos Abadía. "Foi uma fatalidade. Querer envolvê-lo por isso em matéria penal tão pesada, aí é demais", disse o advogado. Ele comparou o caso ao de um taxista cujo carro é parado pela polícia, que descobre drogas na mala do passageiro. "A culpa é do motorista? Ele tem de ir preso?" Oliveira negou a informação da Polícia Federal de que Ralf tenha pilotado outro avião de Abadía, que caiu em Curitiba, em 2005. Acusados de fornecer vistos de permanência no Brasil ao colombiano, o suboficial da Aeronáutica Ângelo Cassol e o agente da PF Adilson Soares da Silva deixaram ontem a carceragem da polícia em São Paulo. Segundo a PF, eles admitiram o auxílio a Abadía.

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