Presa dupla que vendia falso lança-perfume via internet

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Os desempregados Rogério Mendes Pasquin, de 27 anos, e Rafael Zanon Pimenta, de 24, foram presos na terça-feira por vender um produto químico usado por soldadores como se fosse uma variação de lança-perfume. A dupla vendia o spray CG Solda, um anti-respingo usado para evitar aderência de respingo de solda em peças e acessórios, pela internet. Comprado em casas especializadas, eles anunciavam por e-mails que o spray era importado do Uruguai. 24 latas de CG estão apreendidas. A dupla foi detida na zona leste de São Paulo por policiais da 3ª Delegacia da Divisão de Investigações Sobre Entorpecentes. Pimenta anunciava a droga pela internet, distribuindo os tubos para freqüentadores de festas raves, danceterias e casas noturnas da cidade. Para simular a importação, eles arrancavam o rótulo das latas. Em um dos e-mails, o rapaz explica como o usuário deve proceder para entrar nas baladas sem ser molestado: "Vem numa lata de spray branca, com válvula branca e tampa preta, o que torna muito fácil de colocar qualquer rótulo de spray de cabelo e entrar em qualquer balada sem que você seja barrado. O gosto é praticamente o mesmo do uni (abreviatura do Universitário, lança perfume de origem Argentina) a diferença é que vem quase meio litro e não acaba nem a pau, demora umas 4 a 7 baladas pra acabar com ele." Os jovens dão os preços das latas, prazo de entrega e número de celular e e-mail para contato. O criminoso convida os interessados a ir até a casa dele e provar o spray. Segundo o rótulo do CG Solda, trata-se de produto tóxico, cuja inalação pode ser nociva à saúde ou fatal. O anti-respingo possui polidimetilsiloxano, tetrafluoretano e diclorofluoretano, substâncias que não estão classificadas como entorpecente. Por conta disso, os acusados foram autuados por incitação ao tráfico de drogas. No entanto, eles também ofereciam maconha como brinde para quem compravas as latas, o que fez com que fossem atuados em flagrante por tráfico e por associação para o tráfico de drogas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.