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Presidenciáveis falam de programas sociais no horário eleitoral

Lula defendeu que o Bolsa-Família não é um gasto, mas um investimento; e Alckmin prometeu manter, ampliar e melhorar o programa

Por Agencia Estado
Atualização:

Os principais candidatos à Presidência da República reapresentaram suas propostas de governo no horário eleitoral na televisão desta terça-feira. O presidente e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva, com menos tempo por conta de decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), falou sobre o Bolsa-Família, e Geraldo Alckmin (PSDB) sobre projetos sociais, de moradia e investimentos em obras de infra-estrutura. Lula defendeu que o Bolsa-Família "não é um gasto, mas um investimento", e serve "tanto para diminuir a miséria quanto para ativar a economia". Ele disse que o programa estimula as áreas de saúde, geração de empregos e educação, além de ajudar na alimentação dos beneficiados. O petista afirmou que seu governo aplicou quatro vezes mais que o anterior em programas sociais. "Não podemos deixar que acabe o Bolsa-Família", disse Lula, que prometeu um aperfeiçoamento do programa, com melhorias na fiscalização, ampliação do número de beneficiados e criação de mais programas de formação de mão-de-obra e geração de emprego. "Isso tudo já está sendo feito, mas prometo fazer ainda mais", disse, e citou outros programas sociais de sua administração, como o ProUni e o Luz Para Todos. Já Alckmin manteve o tom agressivo nas críticas a Lula. "Como é que tem dinheiro para propaganda, para tanta bobagem, e não tem dinheiro para financiar casa para quem precisa? Como é que tem dinheiro para criar milhares de cargos para o pessoal do partido dele, e não tem dinheiro para a casa do pobre? Isso é desperdício do seu dinheiro", atacou Alckmin. "O atual governo está trabalhando errado", criticou. Ele prometeu, no entanto, "manter, ampliar e melhorar" o programa Bolsa-Família, mas defendeu o Bom Prato, programa social de sua administração em São Paulo. O tucano apresentou o seu projeto de moradias aplicado em São Paulo e o "plano de obras", que abrange estradas e ferrovias, saneamento básico e casas populares. E falou novamente sobre seu "projeto nacional de desenvolvimento". "O Brasil poderia estar muito melhor se tivesse um projeto nacional de desenvolvimento", defendeu ele, apontando para melhorias em geração de empregos e de renda. "Geraldo Alckmin, como governador, já provou que sabe fazer o que Lula não fez em quatro anos como presidente", atacou. A candidata do PSOL, Heloísa Helena, criticou a "jogatina dos banqueiros e acordos com corruptos", e prometeu investir na educação. Cristovam Buarque (PDT) também falou sobre o tema, e defendeu melhorias para os professores, como carreira federal e piso salarial.

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