Presidente da Gol pede desculpas aos familiares das vítimas, em ato ecumênico

Constantino Júnior fez um discurso rápido, intercalado por pausas e algumas lágrimas discretas

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Por Agencia Estado
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O presidente da Gol, Constantino Júnior, pediu desculpas aos familiares das vítimas do Boeing de sua companhia, que caiu semana passada no Sul do Pará. Acompanhado dos pais, Cristiane e Neném Contantino, o empresário foi ao culto ecumênico organizado na noite de quinta-feira, na sede da Legião da Boa Vontade para homenagear passageiros que estavam no avião. Constantino fez um discurso rápido, intercalado por pausas e algumas lágrimas discretas. No decorrer da cerimônia, a emoção aumentou. Chorou compulsivamente. Soluçando, teve de se sentar. No fim da homenagem, uma surpresa: Shirley Guimarães Rondino, mãe do empresário da área de tecnologia Michel Guimarães Rondino, de 25 anos, aproximou-se de Constantino. Eles se abraçaram e o empresário, mais uma vez, pediu desculpas. Ao sair da cerimônia, Constantino Júnior não quis falar sobre o acidente ou sobre os próximos passos da empresa. Em sua justificativa, afirmou que o momento era de muita emoção. O empresário, no entanto, reagiu, quando questionado sobre as queixas feitas por familiares de passageiros sobre a lentidão e desencontro de informações. "Não houve desencontro de informação. Nosso compromisso é com a verdade, com a informação confirmada. Qualquer especulação só vai piorar a situação", disse. No discurso feito a uma platéia de mais de 200 pessoas, Constantino ressaltou que o momento atual é de dor e de prestar solidariedade. "Represento 8 mil pessoas que se empenham em promover aos passageiros um transporte com segurança", afirmou o empresário. O culto ecumênico começou com 50 minutos de atraso. Constantino e seus pais entraram por uma porta privativa, minutos depois do início da celebração. Era a segunda cerimônia que Constantino participava. Pouco antes, ele havia comparecido também à missa celebrada em memória do piloto do avião acidentado, Décio Chaves Júnior. A mãe de Constantino, dona Cristiane, também já havia participado de uma celebração, uma missa na Catedral. A mãe do empresário ficou encarregada de rezar uma oração e, depois da cerimônia, distribuiu terços aos familiares. Durante a cerimônia na LBV, foram distribuídas rosas brancas. No fim da celebração, as famílias levaram as rosas a duas urnas de vidro, instaladas na parte central da nave da LBV. A intenção é de que tais rosas sejam jogadas no local do acidente.

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