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Presidente da Infraero não dá prazo para fim da crise aérea

Brigadeiro José Carlos Pereira avaliou que crise começou após o acidente da Gol

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, deixou claro na manhã desta terça-feira, 27, que a estatal não tem previsão para que os problemas que afetam o setor aéreo do País sejam resolvidos. Em entrevista concedida à reportagem da Rádio Gaúcha, ele avaliou que a série de atrasos em vôos começou depois do acidente com um avião da Gol, em setembro de 2006, quando 154 pessoas morreram. Antes, segundo ele, "não havia atrasos, todo mundo vivia feliz até que ocorreu o acidente da Gol. A pergunta é o que mudou com o acidente da Gol? Levantado isso, a causa do problema irá aparecer". O brigadeiro acrescentou que, desde então, muitas providências foram tomadas pelo governo, mas não especificou quais foram essas medidas. Ao mesmo tempo, porém, assegurou que os vôos são seguros para os passageiros. "Avião decolado é avião seguro. Agora, a solução final passa para isso (os atrasos), quando nós vamos realmente voltar àqueles tempos pré-acidente com o avião da Gol, isso aí passa por um trabalho bem mais extenso", avaliou. A crise aérea é o tema da reunião convocada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a manhã desta terça, com o ministro da Defesa, Waldir Pires, e a cúpula da aviação brasileira. Na pauta do encontro, que conta com a participação do comandante da Aeronáutica, Juniti Saito, com o presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), José Carlos Pereira, e com o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, estão os problemas que afetaram os vôos comerciais desde o último final de semana. Greve da PF Com a decisão dos delegados e policiais federais de manter a paralisação marcada para quarta-feira, 28, em todo o País, a revista nos aeroportos, feita pela Polícia Federal, pode ser prejudicada. Com isso, novas filas e atrasos em vôos devem ocorrer. A paralisação, que vai durar 24 horas, será em defesa de um aumento salarial de 30% e da reestruturação da carreira. A categoria ameaça com uma greve geral se o governo não atender a suas reivindicações.

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