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Presidente da Infraero nega demissão

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Por Redação
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O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, se reuniu com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, na manhã desta sexta-feira, 20, no Palácio do Planalto. Questionado quando deve deixar a Infraero, respondeu: "Não tenho nenhuma informação sobre isso". O encontro, segundo o brigadeiro, é para analisar as propostas que serão apresentadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sobre mudanças no funcionamento do Aeroporto de Congonhas para aliviar o tráfego aéreo. "O foco será Congonhas", disse Pereira. Na quinta-feira, o presidente Lula manifestou a auxiliares próximos a intenção de afastar o presidente da Infraero e o ministro da Defesa, Waldir Pires. Lula também quer dar mais poderes ao Conselho Nacional de Aviação Civil (Conac), órgão criado para assessorar a Presidência. O objetivo é tornar o Conac o "grande órgão" para gerenciar a aviação civil. O Conac irá se reunir nesta tarde para decidir uma série de medidas para aliviar o tráfego aéreo de Congonhas. Lula iria coordenar a reunião, mas anunciou nesta manhã que não iirá participar da reunião. Ainda nesta manhã, Lula fará um último encontro preparatório da reunião da Conac, para incluir a participação nos debates de representantes dos ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, que não participaram da discussão na quinta-feira. Entre as medidas de curto e médio prazos, uma promete provocar polêmica: o governo quer que a Anac e a Infraero imponham uma redução do número de vôos em Congonhas dos atuais 44 por hora para, no máximo, 36 por hora. Os demais vôos, da chamada aviação geral, seriam transferidos para os aeroportos de Cumbica, em Guarulhos, e Viracopos, em Campinas. Se o Planalto conseguir arrancar essa decisão da reunião do Conac, significará uma derrota para a Anac, que nunca conseguiu impor essas medidas, defendidas por parte de sua diretoria e pela Infraero. Mais: Lula poderá comprar uma briga com as companhias aéreas. Na lista das sugestões em estudo na noite desta quinta-feira, 19, havia outra que prometia causar protesto por parte das empresas aéreas: a redução dos vôos executivos (os chamados jatinhos), saindo de Congonhas.

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