Presidente eleita quer diluir poder do PC do B no governo

Partido ainda não se reuniu com Dilma, mas já acenou que pretende manter as atribuições de Orlando Silva

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Por Redação
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O presidente nacional do PC do B, Renato Rabelo, espera um convite da presidente eleita Dilma Rousseff para se reunir com ela na Granja do Torto e discutir o espaço do partido no futuro governo.Um interlocutor de Rabelo afirmou que o desejo do partido é manter o atual ministro dos Esportes, Orlando Silva, no comando da pasta, acumulando a função com a direção da Autoridade Pública Olímpica (APO), órgão que será responsável pela licitação e fiscalização das obras relacionadas aos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio. O comando da APO é um cargo cobiçado: a entidade administrará um orçamento estimado em R$ 30 bilhões. Conforme a Medida Provisória 503, a estrutura do órgão contará com 484 cargos em comissão, com salários entre R$5 mil e R$22 mil. No entanto, Dilma não concorda em manter Orlando Silva nos dois cargos. Prefere que o PC do B indique outro nome para o ministério ou para o comando da APO. Desta forma, ela contabilizaria dois cargos na administração federal na cota do aliado.A determinação da presidente eleita contraria sinalização anterior do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que em maio havia indicado Orlando Silva para dirigir a Autoridade Pública Olímpica, quando assinou a Medida Provisória 489 de criação da entidade. Entretanto, a medida provisória prescreveu sem que fosse votada pelo Congresso no prazo legal de 120 dias.A solução encontrada pelo Planalto foi editar a MP 503 com objeto semelhante: para distingui-la da MP anterior, o texto remonta ao "referendo" do protocolo de intenções assinado pelo governo federal e governo e Prefeitura do Rio, formando um consórcio para constituição da APO. A MP, relatada pelo deputado Edimilson Valentim (PC do B-RJ), aguarda votação no plenário da Câmara. / ANDREA JUBÉ VIANNA, AGÊNCIA ESTADO

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