Presídio de Porto Alegre enfrenta rebelião

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Por Agencia Estado
Atualização:

A descoberta de um túnel provocou uma rebelião no Presídio Central de Porto Alegre nesta terça-feira. Houve troca de tiros entre policiais e condenados, queima de colchões e detonação de bombas artesanais. No final da tarde, a Superintendência de Serviços Penitenciários informou que a situação estava controlada. Cinco presidiários passaram pela enfermaria, quatro intoxicados pela fumaça e um com uma perna fraturada. Ao mesmo tempo, na Penitenciária Estadual de Jacuí, foram encontrados outros dois túneis, mas não houve reação dos presidiários. Os túneis tinham início em uma galeria do pavilhão D do Presídio Central e foram encontrados por agentes penitenciários no final da manhã. Imediatamente, as visitas previstas para o início da tarde foram suspensas. Revoltados, os presos passaram a bater panelas, queimar colchões e a passar mensagens, por faixas colocadas nas janelas das celas, para os familiares que estavam no pátio externo. O fogo foi controlado, mas, de uma rua próxima, muitas pessoas ouviram tiros e explosões, posteriormente atribuídos pelos policiais ao uso de armas caseiras fabricadas pelos presidiários. Na seqüência, ocorreu um tumulto quando os policiais mandaram os presos saírem das janelas das celas, e foram recebidos com uma chuva de paus e pedras. Houve troca de tiros, mas ninguém ficou ferido. Após o conflito, os 373 prisioneiros da galeria D aceitaram descer para o pátio, onde ficaram até a noite, esperando que os agentes penitenciários revistassem todas as celas. O diretor do Presídio Central, major Cláudio Matana, disse que em nenhum momento perdeu o controle da situação. O superintende de Serviços Penitenciários, Airton Michels, anunciou que as visitas permanecerão proibidas na quarta-feira.

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