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Presídio de Sorocaba exclui PCC e fica livre de rebelião

Por Agencia Estado
Atualização:

Enquanto explodiam rebeliões em quase todos os presídios do Estado, a Penitenciária "Dr. Antônio de Souza Neto", de Sorocaba, a 92 quilômetros de São Paulo, vivia um domingo tranqüilos dos. O presídio, um dos primeiros do interior a serem dominados pelo Primeiro Comando da Capital (PCC), conseguiu expurgar totalmente, na semana passada, essa facção criminosa. Os últimos 28 integrantes do PCC foram transferidos depois de terem sido acuados por mais de 900 presos, na rebelião ocorrida no dia 13. "Eles conseguiram indispor-se com todo o restante da população carcerária e tiveram que aceitar a transferência, em razão do risco que corriam aqui", disse o diretor Hugo Berni Neto. Os presos rebelaram-se contra mais de cinco anos de dominação da facção, que explorava os demais detentos em benefício do seu grupo. A guarda do presídio conseguiu retirar o grupo que estava em minoria e impedir o que poderia resultar em um massacre. Ainda assim, cerca de dez presos foram agredidos e dois tiveram que ser levados a um hospital. Entre as regalias dos integrantes do PCC estava a posse de celulares, que era proibida, por eles, para as outras facções. Segundo o diretor, o ambiente na penitenciária melhorou depois da saída do grupo. A facção majoritária, que se autodenomina Comando Revolucionário Brasileiro da Criminalidade (CRBC), convive de forma mais harmoniosa com as pequenas Seita Satânica (SS) e Comando Democrático da Liberdade (CDL). Iperó Terminou na madrugada de ontem, com a saída dos 160 familiares retidos no interior do presídio, a rebelião iniciada anteontem na Penitenciária Estadual de Iperó, região de Sorocaba. A Tropa de Choque da Polícia Militar ocupou uma parte do presídio, mas não houve feridos. Os 817 presos retornaram às celas após a contagem e revista. As instalações não sofreram danos. Em Sorocaba, os 600 detentos do Presídio Regional "Danilo Pinheiro" encerraram a rebelião na noite de domingo, depois que a tropa de elite da Polícia Militar invadiu a prisão e lançou bombas de efeito moral contra os rebelados. Não havia reféns no presídio.

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