Para "castigar" os detentos e garantir as condições de segurança nas penitenciárias do Estado, o secretário da Administração Penitenciária, Nagashi Furukawa, afirmou nesta terça-feira que vai proibir neste fim de semana a visita nos presídios paulistas onde houve destruição durante a série de rebeliões. Os complexos mais afetados podem ter a proibição estendida, segundo o secretário. "Onde houve danificação não vai ter visita", afirmou Furukawa, em entrevista coletiva concedida no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado. "É por castigo e por medida de segurança", disse o secretário. "Tenho convicção de que a medida é correta porque em alguns lugares não há condições de se receber visita." De acordo com Furukawa, a decisão não é uma demonstração de poder do Estado em represália ao Primeiro Comando da Capital (PCC). "Não estou querendo medir forças", afirmou o secretário, que disse não temer um possível contra-ataque do PCC. "Não tenho receio algum e espero que os familiares dos detentos entendam que, no momento, isso é necessário para a sua própria segurança." Furukawa disse que, com a rebelião em Pirajuí, no interior do Estado, deflagrada hoje, "não dá para dizer que a série de rebeliões terminou". O secretário afirmou que o Estado achava, antes do motim desta terça-feira que a situação estava sob controle. Ele disse ter ficado supreendido com os detentos de Pirajuí. "Essa penitenciária tem boas condições. Lá, há fabrica onde os presos podem trabalhar."