Preso advogado acusado de insuflar rebelião no PR

De acordo com fontes, ele teria confessado que, além do trabalho profissional, teria recebido convite do PCC para ser "pombo correio"

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Por Agencia Estado
Atualização:

O advogado André Lanzoni Pereira foi preso nesta segunda sob acusação de estar insuflando a rebelião de detentos de penitenciárias do Paraná. De acordo com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção Paraná, que divulgou a notícia a partir de uma comunicação do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), ele foi preso nas dependências de uma das penitenciárias. A Secretaria da Segurança Pública divulgou uma nota no fim da tarde, dizendo que "não se manifestará, por enquanto, sobre possíveis prisões feitas no Estado que possam ter qualquer ligação com movimentações futuras de presos em cadeias e penitenciárias". Pela nota, o sigilo visa não atrapalhar os processos de investigação que vêm sendo realizados. "A Secretaria da Segurança Pública reitera que nenhum dos seis movimentos registrados nas cadeias públicas do Paraná têm ligação direta ou coordenação do Primeiro Comando da Capital (PCC)", diz o documento. Mas admite que pode haver integrantes dessa facção criminosa no Estado "e que eles possam tentar desencadear movimentos contra a ordem". Segundo a nota da OAB, o presidente da entidade, Manoel de Oliveira Franco, foi informado que, no momento da prisão em flagrante de Pereira, ele alegou que estava no exercício da profissão e defendia seus clientes, "que, segundo a polícia, seriam representantes das facções criminosas rebeladas". A entidade designou o advogado Dálio Zippin Filho para acompanhar, apurar e relatar o caso. De acordo com fontes, Pereira teria confessado que, além do trabalho profissional, teria recebido convite do PCC para ser "pombo correio". Nesta segunda, ele deveria passar por duas casas de custódia e pela penitenciária do Ahú, em Curitiba, para orientar o início de rebeliões. Mas teria sido preso já na primeira, em razão de um atraso. O presidente da OAB disse que a entidade só vai defender advogados que se portem dentro dos padrões éticos e morais da categoria.

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