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Preso diz ter seqüelas de lesão no Carandiru

Por Bruno Paes Manso
Atualização:

Com 46 anos, J., que pede para não ser identificado, ficou preso por 15 anos, 8 deles no Carandiru. Saiu em 2003 e até hoje tem seqüelas da violência que sofreu na prisão. Em 1997, trabalhando como faxineiro, teve um acidente ao cair da escada na prisão e quebrou o fêmur. Demorou para se recuperar e ficou com a perna imóvel. Em 2002, numa transferência para a Penitenciária de Pirajuí, foi de avião com outros presos para Bauru. O policial que os acompanhava não acreditou que ele não conseguia dobrar a perna e pisou sobre ela. Chegando à penitenciária, só tomou remédios para dor. A falta de atendimento fez a perna atrofiar. "Fiquei muito tempo no ambulatório durante o tempo que estive preso. Além de testemunhar agressões dos que chegavam para ser atendidos, sofri na pele pela omissão no tratamento, que para mim também é tortura."

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