A polícia prendeu em Curitiba, na madrugada desta segunda-feira, Pedro Sieichanowski, de 49 anos, um dos seqüestradores mais procurados do Brasil. Depois de 14 meses de investigação e sete horas de negociação, a polícia finalmente conseguiu deter Sieichanowski. Além dele, outros 12 integrantes da quadrilha já foram presos. Durante a ação que resultou na prisão dele, o seqüestrador pediu a presença de seu advogado, que teve de sair de São Paulo e se deslocar até Curitiba. A mulher do seqüestrador foi a primeira e deixar a residência. A casa onde ele estava escondido começou a ser cercada ontem, por volta das 21 horas, por agentes civis do Paraná, São Paulo e da Polícia Federal. Houve tiroteio, mas, em seguida, começou a negociação. Pedro, que é acusado de pelo menos 10 grandes seqüestros em São Paulo, é natural de Tupã, no interior do Estado. Ele fugiu da Penitenciária do Estado, no Carandiru, em 1995, onde cumpria pena. A partir daí, começou a comandar os seqüestros de alguns dos principais empresários paulistas. De acordo com a polícia, além dos seqüestros, Pedro também é acusado de roubo, extorsão e tráfico de drogas. Sieichanowski desembarcou por volta de 7h00 no Aeroporto de Congonhas, na zona Sul de São Paulo, e foi levado para a sede do Denarc, em Pinheiros, na zona Oeste, escoltado por mais de 20 policiais que ocupavam sete viaturas. O diretor do Denarc, Ivaney Caires, e o delegado Everardo Tanganelli também participaram da prisão. Libertação de empresário No início desta manhã, foi libertado em Assis, no interior de São Paulo, o empresário João Bertin. Ele ficou em poder dos seqüestradores mais de 150 dias. A libertação do executivo, conforme a polícia, só foi possível graças à prisão de Pedro Sieichanowski. As primeiras informações dão conta de que João Bertin, dono de um dos maiores frigoríficos do País, passa bem.