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Preso estudante condenado por violentar menina de 12 anos

Juiz determinou que Gaby Boulos, de 29 anos, cumpra a pena em regime fechado

Por Agencia Estado
Atualização:

Um ano e três meses depois de ser posto em liberdade, por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o estudante Gaby Boulos, de 29 anos, foi preso nesta sexta-feira, às 16h30, quando deixava a residência no Morumbi, zona sul de São Paulo. O motivo da nova prisão foi o fato de Boulos ter sido condenado pela Justiça no processo em que era acusado de seqüestrar e violentar uma menina de 12 anos que fazia malabares em um semáforo da Avenida Francisco Morato. ?O mandado de prisão foi expedido pela 14ª Vara Criminal de São Paulo. Nós o cumprimos?, disse o delegado Luis Antonio Pinheiro, supervisor do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil. O documento é assinado pelo juiz Vicente Luiz Adua e diz que Boulos foi condenado a 10 anos de prisão. A sentença não é definitiva, pois cabe recurso ao Tribunal de Justiça. Duas equipes do GOE foram à casa do réu para detê-lo. O rapaz, que é filho do casal de advogados Gaby e Kátia Boulos, por pouco não escapou. É que seu pai saíra de casa pouco antes com o carro que a polícia pensava ser do filho. Logo em seguida, a mãe do jovem deixou a casa da família. Ela foi seguida pelos policiais do GOE, que constataram que o filho estava com ela no carro. Ao ser abordado, Boulos não ofereceu resistência e foi levado ao 34º Distrito Policial (Vila Sônia). Dali, seria encaminhado a uma delegacia e, depois, a um Centro de Detenção Provisória (CDP). O Estado procurou o advogado de Boulos, mas não o encontrou em seu escritório. O réu sempre negou o crime, dizendo ser inocente. Durante o processo, ele foi reconhecido pela vítima. Segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), ele dirigia um Peugeot quando ofereceu carona à menina de 12 anos e a um amigo dela, de 13. Disse que ia pagar um lanche para as crianças. O menino e a menina entraram no carro, pois estavam com fome. Era 20 de julho de 2005. Depois de rodar um pouco, o jovem teria mandado o menino descer do Peugeot e levado a menina para uma rua deserta, onde abusou da vítima. Somente depois de várias horas, Boulos deixou a menina em frente a um restaurante. Ela chorava muito e foi levada por policiais militares ao Projeto Bem-Me-Quer, do Hospital Pérola Byington, que atende vítimas de violência sexual. O laudo produzido pelo hospital constatando o abuso é uma das principais provas apresentadas pela Promotoria contra o réu. A polícia identificou Boulos porque a vítima do abuso anotou a placa do carro do acusado. No dia 27 de julho de 2005, o rapaz se apresentou no Fórum da Barra Funda, depois de ter a prisão temporária decretada pela Justiça. Denunciado no mesmo dia pelo MPE, sua prisão foi transformada em preventiva pela 14ª Vara Criminal para que respondesse ao processo preso. Mas antes que a decisão judicial saísse ele obteve no STF um habeas-corpus, o que lhe permitiu recuperar a liberdade em dezembro daquele ano. Na sentença desta sexta-feira, o juiz determinou que o jovem cumpra integralmente a pena em regime fechado, negando qualquer benefício de progressão da pena.

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