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Preso outro suspeito do assassinato de fonoaudióloga

Por Agencia Estado
Atualização:

O terceiro suspeito do assassinato da fonoaudióloga Márcia Maria Lopes Coelho Castro Lira, de 43 anos, no dia 26 de abril, entregou-se nesta terça-feira à polícia, 54 dias depois do crime. O vigilante desempregado Cláudio Márcio Baptista de Mattos, de 30 anos, estava escondido na casa da mulher dele, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ele negou ter matado a fonoaudióloga e disse que soube do estupro dela e da filha, de 13 anos, somente pelos jornais. "Não matei e não estuprei ninguém. Decidi me entregar porque tenho a consciência tranqüila", afirmou. Além de Mattos, está preso o pedreiro Alan Marques da Costa. O outro integrante do grupo, Marcelo Melo Gonçalves dos Santos, morreu enforcado numa cela da Polinter, onde estava preso. A polícia acredita que ele tenha se suicidado. Mattos contou ao delegado Paulo Passos, titular da Delegacia de Homicídios, que foi convidado por Santos para participar do assalto no dia do crime. "A gente só ia entrar e pegar o dinheiro. Um homem desempregado, com quatro filhos perde a cabeça", justificou-se. Ele contou que conhecia Santos há 15 dias, "de tomar cerveja". No dia do assalto, Mattos entrou na casa de Márcia com os outros criminosos, pegou os cartões e as senhas de Márcia e do ex-marido dela Luiz Paulo Sá da Costa Lopes, que buscaria o casal de filhos naquela noite, e acabou sendo feito refém também. "Ele não conseguiu sacar o dinheiro de Luiz Paulo e levou apenas R$ 500 da conta de Márcia", afirmou o delegado Paulo Passos. O vigilante disse que só se encontrou com Santos no dia seguinte, para repartir o produto do roubo. "Quando vi as reportagens, fiquei com revolta, porque eles não me falaram nada disso". Mattos, que já tinha a prisão preventiva decretada, foi denunciado pelo Ministério Público Estadual por latrocínio. "A nossa legislação pune aquele que contribuiu direta ou indiretamente para um crime. E a morte é evento previsível para quem comete assalto armado", afirmou o chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins. Mattos ficará preso numa cela da Delegacia Anti-Seqüestro, mesma unidade em que está preso Marques.

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