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Preso padrinho de suspeito de mandar matar juiz

Por Agencia Estado
Atualização:

A polícia prendeu nesta quinta-feira Joaquim Barbosa, de 80 anos, o Soquinha, padrinho do coronel PM reformado Walter Gomes Ferreira, principal suspeito de ser o mandante do assassinato do juiz-corregedor Alexandre Martins de Castro Filho. Na casa de Soquinha, em Panca, no norte do Espírito Santo, foram apreendidas oito armas, além de US$ 25 mil e R$ 27 mil em dinheiro. O delegado Danilo Bahiense, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), afirmou que a quantia em reais foi sacada de um banco no dia seguinte ao assassinato do magistrado. Acusado de ser um dos líderes do crime organizado, Ferreira está em uma prisão do Acre por decisão de Castro Filho. ?Tudo indica que seja o dinheiro do pagamento (para contratação dos criminosos)?, disse Bahiense. Outras dez pessoas foram presas em Panca sob suspeita de envolvimento no crime. O delegado disse também que o acusado pela execução de Castro Filho, Odessi Martins Júnior, o Lombrigão, continua escondido na Grande Vitória. ?Ele foi visto recentemente em Vila Velha.? O policial afirmou que Lombrigão é viciado em crack e ainda freqüentaria pontos-de-venda da droga. Entre os presos, há dois PMs e um policial civil. Uma funcionária de uma loja que a polícia acredita pertencer ao coronel e estar em nome de ?laranjas? também foi detida. O proprietário do estabelecimento negou qualquer ligação com Ferreira. A operação começou às 4 horas desta quinta-feira e mobilizou 150 policiais civis e militares, que, munidos de mandados de busca e apreensão e de prisão, revistaram fazendas, residências e lojas. Na terça-feira, a juíza Patrícia Neves, da Vara da Infância e da Juventude de Vila Velha, determinou que a Justiça assumisse a guarda da filha de Lombrigão, uma menina de um ano e nove meses. A magistrada afirmou que a criança corre risco de vida. Segundo ela, traficantes estariam insatisfeitos com a presença de policiais que procuram por Lombrigão. Não há prazo para que a menina seja devolvida à família. A mãe, Gisele Corrêa da Rocha, não se conforma com a decisão da Justiça e quer o retorno da garota, que ainda está em fase de amamentação. Um grupo de mães vítimas da violência pretende denunciar o caso para a Anistia Internacional. Veja o especial:

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