Preso por matar filha e a mulher

Brasileiro detido na Argentina vivia no país com documentos falsos

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Por Ariel Palacios e BUENOS AIRES
Atualização:

O brasileiro Armando Fernandes Pita, de 38 anos, foi detido anteontem, no balneário argentino de Mar del Plata - a 400 quilômetros de Buenos Aires -, por agentes da Superintendência de Investigações de Delitos Complexos e Crime Organizado. Ele é acusado do assassinato da mulher, Hosana Rodrigues, de 33 anos, e da filha, Sofia, de apenas 8 meses. O crime ocorreu em 31 de outubro de 2006, em São Bernardo do Campo, no ABC. O Ministério Público Estadual (MPE) informou que vai entrar com pedido de extradição de Pita. O Brasil mantém acordo de extradição com a Argentina, mas não há previsão de quanto tempo pode durar o processo. O técnico de manutenção havia entrado na Argentina em 27 de maio, com documentos brasileiros falsos, e tentava conseguir residência permanente no país. Conhecido como Lilica, ele foi detido quando saía do emprego, numa fábrica de aquecedores. Surpreendido, não tentou resistir e reconheceu que sabia o motivo por que estava sendo detido. Pita era conhecido por ser um marido carinhoso no início do casamento, mas, depois, tornou-se um homem violento. O matrimônio com Hosana, o terceiro dele, durou pouco tempo. Após duas separações, ele começou a persegui-la e até seqüestrou a filha. No local do crime, deixou um bilhete: "Eu só queria minha família de volta." Segundo o superintendente de Investigações de Delitos Complexos, Walter Carballo, Pita "rende um perfil psicológico interessante". "Ele estava usando um anel com o nome da mulher e da filha assassinadas", disse ao Estado. O brasileiro morava nas instalações de um complexo de quadras de tênis, do qual fazia manutenção. Carballo afirmou que "os patrões ficaram surpresos quando souberam que seu empregado era um assassino". FAMÍLIA A vendedora Sarah Rodrigues, de 43 anos, irmã de Hosana, comemorou a prisão do ex-cunhado. "Não achava que ele fosse ser preso. Graças a Deus, foi encontrado." O irmão do brasileiro, João Pita, afirmou que desconhecia a prisão do irmão. Ele disse que a família ainda decidirá sobre a contratação de um advogado para defendê-lo. COLABOROU LUÍSA ALCALDE

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