Preso suspeito de colocar bomba em carro da ex-mulher

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Por Agencia Estado
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A briga pela posse do filho, Iago, de 1 ano, pode ter levado o mecânico Alexandre Costa da Silva, de 25 anos, a colocar a bomba que explodiu no momento em que a ex-mulher, Carolina Fazolo Wissenbach, de 23, entrava no carro, segunda-feira, na Vila Madalena, zona oeste de São Paulo. Carolina, que estava com o filho no colo e perdeu a mão e parte do antebraço direito na explosão, deu à polícia a pista do suspeito. Silva foi preso hoje em flagrante, na casa da mãe, em Parada de Taipas, zona norte, por tentativa de homicídio. Carolina disse que já havia registrado dois boletins de ocorrência por causa do ex-marido. Uma vez, por seqüestro, quando ele sumiu com o filho. Outra, quando Silva passou a rondar sua casa. Parentes confirmaram os desentendimentos freqüentes do casal por causa da criança. "Tudo leva a crer que foi ele", diz o delegado Marcos Gomes de Moura, do 14.º Distrito Policial, em Pinheiros. O artefato, de fabricação caseira, estava num saco plástico, pendurado no espelho retrovisor da porta do passageiro do Gurgel de placa GVG-0824, na praça João Francisco Lisboa. O pai de Carolina, o mecânico Walter Wissenbach, de 54 anos, entrou no carro. A explosão ocorreu quando a moça tocou na sacola. Walter e Iago também se feriram. Homens do Grupo de Operações Especiais (GOE) prenderam Silva. Eles chegaram à casa da mãe dele, Yolanda Maria da Silva, às 4 horas. Ela disse à polícia que o filho andava deprimido e mal se alimentava nos últimos dias. Na casa foram encontradas muitas latas vazias e amassadas de cerveja e refrigerante, fio elétrico, bateria e peças de motocicleta. No Fusca de Silva havia uma bolsa com esferas de aço. A polícia encontrou no local da explosão indícios de que a bomba estava acondicionada em uma latinha de cerveja. "Ele não nega nem assume", afirmou o delegado Luiz Antonio Pinheiro. "Quando lhe perguntei onde estava e o que fez nos últimos dias, disse que não podia responder. Ao saber da magnitude da explosão, comentou: ´Fazer o quê? Agora já foi´." Silva passou por exame residuográfico para verificar se manuseou explosivos. Segundo seu advogado, José Roberto Silva, o rapaz é inocente e só procurou a ex-mulher para "exercer o seu direito de visita ao filho".

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