Presos acusados de tramar rebelião em penitenciária no Paraná

Dois agentes foram detidos e mais nove mandados de prisão contra detentos foram expedidos

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Por Solange Spigliatti
Atualização:

Dois agentes penitenciários foram presos nesta terça-feira, 2, acusados de tramar a rebelião que aconteceu na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Piraquara, no Paraná, no último dia 14, e que resultou na morte de sete pessoas, segundo informações da Agência Estadual de Notícias.

 

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Outros nove mandados de prisão contra detentos da PCE, também acusados de envolvimento na rebelião e que foram transferidos para presídios do Paraná e de outros Estados foram cumpridos pelo Centro de Operações Policiais Especiais (Cope).

 

Entre os agentes envolvidos na trama estão o chefe da segurança, Celso Tadeu do Nascimento, que se apresentou para uma equipe do Cope no centro de Curitiba, e Carlos Carvalho da Silva, subchefe da segurança da penitenciária, detido em sua residência em Pinhais durante cumprimento de mandado de busca e apreensão.

 

Com eles foram apreendidos documentos e celulares que serão analisados pela polícia. Segundo a polícia, o motim foi tramado e incentivado através da colocação de presos rivais jurados de morte numa mesma ala. O objetivo, segundo a polícia, seria forçar a volta dos 20 policiais militares retirados da guarda interna do presídio dias antes.

 

A investigação apontou também que a situação foi agravada quando um desses presos do seguro foi escolhido para fazer a distribuição da refeição naquele dia, o que veio a provocar ainda mais os outros detentos. "Este preso foi decapitado", explicou o delegado Francisco Caricati, que comanda as investigações.

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