PRESIDENTE PRUDENTE - Os governos de São Paulo e do Rio de Janeiro transferiram nesta quinta-feira, 30, presos acusados de ligação com as facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) e Comando Vermelho (CV), que atuam fortemente nos dois Estados.
Primeiro, foram levados do Rio para Presidente Prudente, no oeste paulista, 21 detentos ligados ao PCC. Depois do desembarque, eles seguiram para a Penitenciária P1 de Presidente Venceslau.
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Foi montado um rigoroso esquema de segurança no aeroporto local. A Polícia Militar usou um helicóptero Águia e contou com a ajuda de policiais civis do Grupo de Operações Especiais (GOE) e de agentes penitenciários. Esses presos cumpriam penas em presídios fluminenses por crimes cometidos no Estado do Rio.
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Ao voltar, a aeronave levou 32 presidiários do Comando Vermelho (CV), que estavam detidos na Penitenciária de Florínea, na região de Assis.
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Os presos foram transportados pela Força Aérea Brasileira (FAB), com autorização da Justiça e apoio do Ministério da Justiça e do Departamento Penitenciário Nacional.
As transferências foram feitas para evitar confrontos entre integrantes das facções rivais, segundo o Estado apurou. Em geral, os detentos são mantidos em unidades do Estado onde foram presos.
Policiais e PCC
Nesta quinta, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a prisão de 30 policiais civis que atuam na cidade de São José dos Campos, a 95 quilômetros da capital, acusados de tráfico de drogas por meio de ligação com o PCC. Ao todo, 24 policiais se entregaram à Corregedoria da Polícia Civil e seis estão foragidos. Houve determinação da prisão de um ex-policial, uma advogada e quatro outros traficantes de drogas.