Presos de Bangu 1 vão ficar 6 meses sem regalias, diz secretário

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Por Agencia Estado
Atualização:

Mesmo com a saída dos policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) do presídio de segurança máxima Bangu 1, na sexta-feira passada, o secretário de Administração Penitenciária, Astério Pereira dos Santos, disse nesta segunda-feira que os 22 presos da facção criminosa Comando Vermelho continuarão sem regalias por 180 dias. As visitas íntimas e o banho de sol estão proibidos, e o contato com os advogados permanece restrito. A presença do Bope em Bangu 1 começou no dia 24 de fevereiro e durou onze dias. Foi determinada pela governadora Rosinha Matheus, em caráter emergencial, por causa da onda de violência imposta por traficantes à região metropolitana do Rio. A decisão para a saída do Bope foi tomada depois que a direção do presídio assegurou à Secretaria de Administração Penitenciária que isso não traria riscos. De acordo com a secretaria, os presos que supostamente orquestraram as ações violentas continuam sob regime disciplinar especial de segurança. ?Foi uma situação emergencial, que não precisa ter continuidade. Se houver necessidade, o Bope retornará?, disse Pereira. Os policiais do Bope vigiavam dia e noite os 22 presos que permanecem em celas individuais. Bangu 1 abriga hoje 39 detentos, também das facções criminosas Amigos dos Amigos e Terceiro Comando. Eles estão divididos em quatro galerias, cada uma com 12 celas, num total de 48. Mesmo com a ajuda da Polícia Militar, o secretário disse que os agentes penitenciários são os mais adequados para tomar conta dos presos por serem ?mais qualificados para isso?. Pereira defende a parceria com o governo federal, mas informou que a federalização de Bangu 1, uma das propostas da União, não é adequada à realidade carcerária do Estado. ?Se eu tenho 3.129 presos nas outras unidades, não é lógico tomar conta de 48 (referindo-se ao número de vagas em Bangu 1), quando temos Bangu 2, 3 e 4." Veja o especial:

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