Presos de Mogi Mirim encerram rebelião

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os 147 presos da Cadeia de Mogi Mirim se rebelaram nesta terça-feira e fizeram reféns 26 detentos. O motim teve início pouco depois das 11 horas e se encerrou perto das 15 horas, depois de negociação entre os rebelados e o delegado titular de Mogi Mirim, Álvaro de Andrade Júnior. Segundo ele, não houve feridos nem danos patrimoniais. A cadeia tem capacidade para 24 detentos. Depois do banho de sol, quando eram recolhidos às celas, os presos foram até o X-1, onde ficam estupradores e os jurados de morte, e os fizeram reféns, amarrando alguns nas grades com panos. Eles também utilizavam armas artesanais, como estiletes, apreendidos pela polícia após vistoria na cadeia. Os presos exigiam o restabelecimento das visitas íntimas, o direito de ver televisão e providências em relação à superpopulação do local. Os rebelados haviam sido informados de que não teriam direito às visitas, porque ocorreram duas fugas da cadeia na sexta-feira passada e duas no sábado. Um preso foi recapturado e três continuam foragidos. O delegado explicou que a suspensão das visitas depende de sindicância e será aplicada apenas aos que estiverem envolvidos na fuga, como manda a lei. A polícia militar e a guarda municipal foram acionadas para apoiar o policiamento externo durante o motim, mas não precisaram intervir. Depois de negociar com o delegado, os rebelados soltaram os reféns e voltaram para as celas. Andrade Júnior disse que a Secretaria Estadual de Segurança pretende construir em Mogi Mirim um Centro de Ressociabilização e está aguardando apenas o aval da prefeitura para iniciar o processo licitatório. Mas a população tem promovido manifestações contrárias. "Se não construirmos, a situação da cidade tende a piorar. Não é possível mandar os presos daqui para outros municípios, que já têm os seus", alegou o delegado.

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