Presos destroem portas de presídio durante motim em Mirandópolis

A Tropa de Choque foi chamada, mas ainda nem havia entrado no presídio, quando os presos desistiram de continuar com o motim

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os detentos da Penitenciária 1 de Mirandópolis, a 615 quilômetros da capital paulista, iniciaram uma rebelião na tarde desta sexta-feira, 7, e destruíram portas de oito celas que foram interditadas ontem, 6. As celas, que estavam abertas devido à rebelião do dia 16 de junho, quando os presos destruíram três dos quatro pavilhões da unidade, receberam portas e foram trancadas logo depois que o concreto secou. Mas, esta tarde, os detentos decidiram arrancá-las à força e iniciaram um motim, na tentativa de destruir camas e outras dependências do pavilhão onde estão confinados desde o fim da rebelião de 16 de junho. A Tropa de Choque foi chamada, mas ainda nem havia entrado no presídio, quando os presos desistiram de continuar com o motim. Há informações, ainda não confirmadas, de que agentes teriam disparado contra os detentos que se aproveitavam do tumulto para escalar o muro e tentar fugir. Na prisão estão confinados 1.160 homens num único pavilhão, com capacidade para 380 pessoas. No local há 88 celas onde os detentos dormem amontoados. Oito delas foram fechadas na quinta-feira, 6, depois que a Tropa de Choque encontrou três túneis - um deles com 15 metros de extensão - além de três celulares sem baterias - no presídio. Os presos disseram aos agentes que a abertura das celas era necessária para que eles pudessem dormir sob uma cobertura e que, sem elas, teriam de dormir ao relento no pátio do pavilhão, já que não há espaço suficiente para todos.

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