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Presos empresários acusados de adulterar combustível no AM

Foram apreendidos quase R$ 150 mil, notas fiscais, armas e caminhões-tanque cheios de diesel furtado

Por Liege Albuquerque
Atualização:

A Polícia Civil do Amazonas realizou nesta terça-feira, 4, a operação Ouro Negro prendendo 22 empresários e fiscais e cumprindo 28 mandados de busca e apreensão na casa de uma quadrilha envolvida em comércio ilegal de derivados de petróleo. Foram apreendidos pelos policiais quase R$ 150 mil em dinheiro, documentos, notas fiscais, armas, caminhões-tanque cheios de diesel furtado e adulterado e tanques lacrados.   Ainda há cinco foragidos. Os presos vão responder por crime de furto qualificado, receptação qualificada, corrupção ativa e formação de quadrilha.   Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Vinicius Diniz, por meio de empresas de fachada e auxiliados por funcionários que atuam nas distribuidoras, empresários conseguiam desviar e adulterar derivados de petróleo. O esquema incluía a falsificação de notas fiscais, o transporte de resíduos de derivados de petróleo, de suborno a funcionários da fiscalização da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) e a participação de motoristas de caminhões-tanque.   A quadrilha atuava no desvio de combustíveis QAV, um querosene utilizado na aviação, óleo diesel utilizado para o abastecimento de automotores e embarcações, gasolina e óleo diesel usado no abastecimento de caldeiras industriais.   De acordo com o delegado, o produto, depois de adulterado, era vendido por um valor muito abaixo do mercado por meio de notas frias falsificadas, ou adulteradas após a retirada avulsa das notas, na Sefaz. O combustível que no mercado é comercializado pelas distribuidoras pelo valor médio de R$ 1,80 o litro, era vendido pelos acusados por um valor que varia entre R$ 0,65 e R$ 0,90.

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