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Presos farão uniformes e tijolos para casas de PMs, diz Garotinho

Por Agencia Estado
Atualização:

Novo secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, o ex-governador Anthony Garotinho assumiu nesta segunda-feira o cargo, em cerimônia no Quartel-General da Polícia Militar, anunciando que quer acabar com as regalias dos presos e vai colocá-los para trabalhar na confecção de fardas para policiais militares e na fabricação de tijolos para construção de casas para os policiais morarem. Ele disse que isso será feito através de convênio com uma empresa privada. ?Para os presos é uma humilhação ter que trabalhar para a polícia do Estado do Rio?, afirmou. Garotinho também anunciou que cinco helicópteros com câmeras começarão "dentro de poucos dias" a fazer o patrulhamento aéreo da Região Metropolitana, especialmente das linhas Amarela e Vermelha, vias expressas onde os tiroteios são constantes. A cidade será dividida em cinco áreas críticas e as imagens serão monitoradas diretamente dos gabinetes da governadora Rosinha Matheus (PSB), do secretário e do serviço de inteligência da polícia. Garotinho disse que o custo dos helicópteros será bem menor do que o do dirigível, aparelho usado para vigilância durante o governo de Benedita da Silva (PT). Outra novidade anunciada foi a substituição dos polígonos de segurança, tendas da PM que se transformaram em alvos dos criminosos. As tendas serão trocadas por cabines com vidro à prova de bala, que só podem ser abertas por dentro, para que os policiais fiquem menos expostos. Os recursos tanto para os helicópteros quanto para as cabines estão garantidos, informou Garotinho, informando que a saúde financeira do Estado "não está tão debilitada assim". Ex-governador do Rio e marido da governadora Rosinha Matheus, Anthony Garotinho cometeu um ato falho durante entrevista a jornalistas após a posse. Ele explicava qual será a função do subsecretário geral de Segurança, o atual superintendente da Polícia Federal Marcelo Itagiba, quando disse: "O subsecretário responde (pela secretaria) na ausência do governador". Em seguida, corrigiu: "Na ausência do secretário." Visivelmente constrangido, alegou que se tratara de um ato falho, mas depois afirmou que é comum tratar um político pelo cargo mais importante que ele teve. Veja o especial:

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