Todos os 380 presos do presídio do Carumbé, em Cuiabá, tomaram 120 pessoas (todas familiares) como reféns em rebelião que teve início hoje por volta das 15 horas. Algumas vítimas - 12 mulheres e 3 crianças - foram liberadas duas horas depois. Até o início da noite não houve nenhuma negociação.A direção do presídio interrompeu o fornecimento de água e luz para pressionar os presos a libertar os reféns e acabar com a rebelião. Segundo o capitão da Polícia Militar, os presos recusam-se a negociar porque estariam revoltados com a direção do presídio e com a presença de um detento acusado pelo crime de estupro. A rebelião está sendo liderada por dez presos, cujos nomes não foram revelados. Policiais da Companhia Independente de Operações Especiais da Polícia Militar (Cioe) temem invadir o presídio para acabar com a rebelião porque os presos ameaçam matar os reféns. Com capacidade para 180 presos que ainda não foram julgados, o presídio abriga hoje 380 detentos.Já no Presídio de Segurança Máxima, em Rondonópolis, sul do Estado, a 220 quilômetros de Cuiabá, cerca de 150 presos ameaçam promover uma rebelião, segundo o deputado estadual Gilney Viana (PT), presidente da comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa. O deputado disse que recebeu uma carta onde os presos denunciam tortura e maus tratos promovidos pelo atual diretor, Ademar Pereira. O diretor do presídio não foi localizado para falar sobre o assunto.