Presos libertam 15 reféns em Cuiabá

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Por Agencia Estado
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Os 368 presos do Presídio do Carumbé, em Cuiabá, mantêm por mais de 26 horas mais de 100 pessoas, entre parentes, funcionários e cerca de 40 crianças como reféns. Nesta sexta-feira, no início da noite, 15 pessoas foram libertadas. Além de parentes, os presos também mantêm quatro agentes carcerários como reféns. No final da tarde, a direção do presídio permitiu a entrada de cinco médicos para prestar assistência às crianças e mulheres que estariam passando mal. O secretário estadual de Justiça e Cidadania, Hermes de Abreu, disse que não vai autorizar a entrada do Comando Independente de Operações Especiais (Cioe) para libertar os reféns. A estratégia da polícia é vencer os presos pelo cansaço. O fornecimento de energia elétrica continua suspenso. No entanto, no início da tarde, um veículo entrou no presídio levando comida e água. Pela manhã os presos fizeram churrasco em plena Sexta-Feira Santa e atearam fogo em alguns colchões. Desde as 9 horas da manhã desta sexta a cúpula da segurança pública de Mato Grosso está reunida para tentar solucionar o impasse. O tenente-coronel da PM Antônio Moraes e o deputado estadual Gilney Viana (PT), da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, estão negociando diretamente com os rebelados. Os presos exigem revisão de penas e a saída do comandante da PM do presídio, Major Faria, e do diretor do presídio, Elpídio Onofre Claro, que assumiu o cargo há cerca de 20 dias. "Não há nenhuma reivindicação específica dos presos. O que nós lamentamos profundamente é que em plena Semana Santa eles usem mulheres e crianças para fazer essa rebelião", disse o secretário Hermes de Abreu. Um dos dez líderes da rebelião é José Carlos do Nascimento, o ´JC´, que seria integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que liderou a rebelião em 29 unidades prisionais de São Paulo em 18 de fevereiro.

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