Presos libertam reféns após 14 horas de motim em Minas

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Por Agencia Estado
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Depois de um motim que durou cerca de 14 horas, os detentos da penitenciária José Maria Alkimim, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), começaram a libertar, no final da manhã, os 16 reféns - 15 agentes penitenciários e o médico Francisco Ernesto Eler -, que estavam no presídio desde o inicio da noite da última sexta-feira. A libertação dos reféns ocorreu após a intervenção da juíza corregedora Luziane Medeiros que negociou com os 20 detentos rebelados a revisão das penas, já nesta segunda-feira, com a participação de um grupo de advogados. A libertação dos reféns também ficou condicionada à entrada das mulheres dos presos na penitenciária. Segundo a Polícia Militar, o motim teria começado, por volta das 19h da última sexta-feira, após uma tentativa frustrada de fuga, durante a troca de turno dos agentes prisionais. Os presos então fizeram 14 agentes e um médico como reféns, passando a exigir revisão das penas e a presença maior dos familiares. No final da manhã, os primeiros reféns libertados confirmaram que não foram amarrados em botijões de gás, como havia sido anunciado pelo sindicato dos agentes penitenciários. Mas, apesar de terem permanecido durante toda a rebelião sob a ameaça dos amotinados armados com facas e paus, não sofreram ferimentos. A penitenciária José Maria Alkimim abriga um total de 220 presos. Desde a confirmação do motim, a PM destacou cerca de 300 homens que cercaram o presídio e fizeram buscas na região. No início da tarde de sábado, 30 mulheres de presos foram autorizadas a entrar na penitenciária para fazer visitas, como queriam os rebelados.

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