Após negociações, no início da tarde desta quarta-feira, 3, os presos da Central de Custódia de Presos de Justiça de São Luís, no Maranhão, libertaram os dois últimos reféns e encerraram a rebelião que começou às 14 horas de terça-feira, 2. Os agentes penitenciários Flávio Luís e Roberto Coaracy foram libertados ilesos. Assim como a diretora da unidade Ana Sílvia Rodrigues de Souza, que foi liberada nesta manhã. As negociação foram comandadas pelo Corregedor do Sistema Prisional do Estado segundo a Polícia Militar. O motim na Casa de Custódia, que funciona dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, o maior do Estado, era um protesto contra a suspensão de visitas desde o último sábado. As visitas foram interrompidas por questões de segurança, já que apenas 30% dos agentes penitenciários estão trabalhando, por causa da greve. Os presos não aceitam reposição após o fim da paralisação. No fim de semana, houve tumulto entre parentes, na porta da unidade, e entre presos, do lado de dentro. Na terça, deveria ter ocorrido a visita de crianças na unidade. Os reféns foram dominados quando foram verificar a informação de que haveria um túnel sendo escavado a partir de uma cela. Os três foram rendidos pelos detentos, que tomaram uma pistola e um revólver calibre 38 dos agentes. Homens do Batalhão de Missões Especiais da Polícia Militar cercaram o prédio, para evitar fugas. Também na terça, por volta das 22 horas, foram descobertos dois túneis, cavados pelos presos, dando acesso aos fundos do presídio. Os policiais civis iniciaram a greve na quinta-feira e exigem aumento de 25%, melhoria nas condições de trabalho e contratação de pessoal. Várias reuniões entre policiais grevistas e a Secretaria da Segurança Pública já ocorreram, mas não houve um acordo.