Presos mantêm pelo menos 14 reféns em 4 presídios paulistas

Os motins foram iniciados nesta segunda-feira, 27, na capital, em Osasco e Diadema, na Grande São Paulo, em Tatuí, na região de Sorocaba, interior do Estado, e em Taubaté, no Vale do Paraíba, onde a rebelião já foi encerrada

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Por Agencia Estado
Atualização:

Os detentos de quatro presídios do Estado de São Paulo continuam rebelados, mantendo pelo menos 14 reféns, na manhã desta terça-feira, 28. Os motins foram iniciados nesta segunda-feira, 27, na capital, em Osasco e Diadema, na Grande São Paulo, em Tatuí, na região de Sorocaba, interior do Estado, e em Taubaté, no Vale do Paraíba, onde a rebelião já foi encerrada. As negociações nos outros quatro presídios foram retomadas pela Secretaria de Administração Penitenciária por volta das 7h30. No Centro de Detenção Provisória (CDP) 1 de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, onde a rebelião começou por volta das 15 horas de ontem, três agentes penitenciários ainda são mantidos reféns. Nos CDPs de Osasco e Diadema 1, na Grande São Paulo, os motins começaram por volta das 17 horas de segunda, e os onze agentes reféns, quatro em Osasco e sete em Diadema, continuam retidos pelos presos. O CDP de Diadema é o único que não sofre com a superlotação. Sua capacidade é para 576 presos, mas abriga atualmente 383. Onda de rebeliões Às 15 horas de segunda-feira, presos de 30 celas do Centro de Detenção Provisória de Taubaté tomaram o pátio e utilizaram as portas arrancadas para impedir o acesso dos agentes. Ameaçando fazer reféns os presos do seguro, eles exigiam a transferência de detentos sentenciados, aumento na quantidade de visitas e uniformes. Três horas após o início da rebelião, 100 policiais militares da Força Tática, com coletes, escudos e capacetes, entraram no CDP e reconduziram os presos às celas. O CDP foi projetado para 750 presos, mas abriga atualmente 1.324. A rebelião no CDP 1 de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista, teve início praticamente no mesmo horário da ocorrida em Taubaté. Os 827 presos fizeram três agentes penitenciários reféns e começaram a destruir as instalações. A Tropa de Choque cercou o presídio, projetado para abrigar 520 homens, e a direção da unidade assumiu as negociações com os rebelados. Duas horas depois, foram os presos dos CDPs de Diadema e Osasco 2 que iniciaram novos motins. Os detentos de Osasco fizeram quatro agentes reféns e não apresentaram qualquer reivindicação durante as negociações. Ali estão amotinados 1.206 detentos em lugar construído para abrigar 768 homens. O maior número de reféns está no CDP de Diadema, onde os presos dominaram oito agentes, mas libertaram um deles em meio às negociações. O Centro de detenção provisória de Diadema é o único que não sofre com a superlotação: com capacidade para 576 presos, ele abriga atualmente 383. Na Cadeia Pública de Tatuí, no interior, a rebelião começou às 17 horas, depois de uma fuga frustrada. Os presos fizeram um carcereiro refém e querem a transferência de 26 dos 270 rebelados. A Secretaria da Administração Penitenciária desconfia de ação orquestrada pelo Primeiro Comando da Capital, a exemplo do ocorrido na semana passada, quando oito rebeliões deixaram um saldo de nove mortos no Estado.

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