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Presos na Operação Farrapos negociavam imóveis em Curitiba

Na busca feita na cidade são encontrados carros, computadores, passaportes, documentos, jóias e celulares

Por Evandro Fadel
Atualização:

As três pessoas presas na terça-feira, 7, em Curitiba, na Operação Farrapos, desenvolvida pela Polícia Federal - o uruguaio Victor García Verano e as brasileiras Elisa Maria Freitas Guimarães e Aline Nunes Prado - são suspeitos de agirem na lavagem do dinheiro adquirido pela quadrilha de Juan Carlos Ramírez Abadia com o narcotráfico. Na busca e apreensão feita em Curitiba foram encontrados dois carros, computadores, passaportes, documentos, jóias e celulares.   Em Curitiba, o chefe da quadrilha, preso em São Paulo, teria uma mansão avaliada em cerca de R$ 2 milhões, usada como refúgio quando se deslocava para a capital paranaense. Mas há outros imóveis. Um deles ainda era oferecido nesta quarta-feira por um site de classificados.   No nobre bairro do Ecoville, o apartamento, de 356 metros quadrados, tem valor de R$ 650 mil. O anúncio está no nome de Aline, mas o e-mail de contato é o de Elisa. O celular que consta do anúncio está em poder dos policiais. Os três presos em Curitiba já foram transferidos para a PF em São Paulo.   De acordo com a polícia, as investigações que culminaram com a prisão de Abadia e parte de sua quadrilha começaram há cerca de dois anos, quando um avião de pequeno porte sofreu um acidente no aeroporto do Bacacheri, em Curitiba. "Os tripulantes eram estrangeiros e pessoas envolvidas com o crime", disse o chefe da Comunicação Social da PF em Curitiba, Altair Menosso.   Por isso preferiu-se manter o fato em sigilo. Na seqüência, descobriu-se que Abadia possuía "negócios" na capital paranaense e em outros cinco Estados. Em Curitiba, mantinha uma imobiliária e uma empresa de importação e exportação. Mas eram apenas fachada para negócios ilícitos.

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