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Presos rebelados em MG suspendem negociações

Por Agencia Estado
Atualização:

Os presos da Penitenciária Agostinho de Oliveira Júnior, em Unaí, a 653 quilômetros de Belo Horizonte, na região noroeste do Estado, que, desde o início da manhã desta segunda-feira, mantinham como reféns dois agentes penitenciários, decidiram, à noite, suspender as negociações. Eles prometeram retomar as conversas somente nesta terça-feira pela manhã. Durante o motim, quatro detentos foram mortos pelos colegas. De acordo com informações do 28º Batalhão da Polícia Militar de Unaí, os presos apresentaram uma pauta com 15 reivindicações. Os representantes dos rebelados e o tenente-coronel Evandro Jaques Mendonça, que comandava as negociações, chegaram a acordo em 14 itens da pauta de reivindicações. O impasse surgiu porque os detentos exigem a substituição do diretor do presídio, o coronel da reserva Geraldo Antônio de Oliveira. Por orientação da Secretaria de Segurança do Estado, a exigência é considerada ?inegociável?, informou a PM. Outros 12 detentos estariam sendo feitos reféns pelos presidiários. Cerca de 300 presos dos quatro pavilhões que integram o regime fechado do presídio participavam da rebelião. Até às 22h desta segunda, a PM considerava a situação ?sob controle?. Entre as exigências, os amotinados cobravam a transferência para outras penitenciárias de Minas, a revisão de algumas penas e o aumento do número de visitas íntimas durante o período do carnaval. A rebelião começou por volta das 8h20. Alguns presos escaparam dos pavilhões usando uma "teresa" - corda feita com lençóis amarrados - e conseguiram dominar dois dos oito agentes que faziam a vigilância da penitenciária. Depois de dominar os funcionários Rodrigo Maciel Bertoldo, de 26 anos, e Walter de Souza Rocha, de 23, os rebelados mataram quatro detentos usando facas. Segundo a PM, os assassinatos foram provocados por disputas internas e "rixas antigas" entre os detentos. Três presos teriam sido mortos dentro do Pavilhão B. Os corpos foram arrastados para o pátio. A PM cercou a penitenciária e aproximadamente 70 policiais participaram da operação.

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