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Presos rebelados em Porto Velho anunciam morte de refém

A Secretaria de Assuntos Penitenciários não confirma a execução de nenhum detento, apesar de um dedo humano ter sido jogado por cima do muro do presídio

Por Agencia Estado
Atualização:

Os 207 presos rebelados no presídio Urso Panda, em Rondônia, desde domingo, anunciaram na tarde desta terça-feira, 10, que um detento que era mantido como refém, juntamente com mais 46 visitantes, foi assassinado. A Secretaria de Assuntos Penitenciários (Seapen) não confirma a execução de nenhum detento, apesar de um dedo humano ter sido jogado por cima do muro do presídio. Na noite desta terça, foi cortada a energia elétrica e suspenso o abastecimento de água e comida. Nove dos 46 visitantes que eram mantidos reféns desde o último domingo já foram libertados. Os detentos exigem a troca de todos os diretores do Urso Panda e o retorno de oito presos considerados perigosos, transferidos recentemente para o Presídio Regional de Rolim de Moura, a 470 quilômetros de Porto Velho. Tratam-se de detentos que ajudaram a coordenar diversas outras rebeliões no presídio. Desde domingo os rebeldes ameaçam executar reféns caso não sejam atendidos. O juiz da Vara de Execuções Penais, Sérgio Willians, disse que não cederá às pressões dos presos. De dentro do presídio, líderes do movimento utilizam celulares para saber como está a repercussão da rebelião. Willians conversava com a imprensa quando a mulher de um preso, identificado apenas como Max, chamou o juiz para falar no celular com o marido. Acusada de atender a todas as reivindicações dos apenados durante rebeliões e desta forma incentivar outros motins, desta vez a Secretaria de Assuntos Penitenciários (Seapen) decidiu radicalizar e avisou que não atenderá a nenhuma das exigências dos detentos. Matéria atualizada às 21h25 para acréscimo de informações.

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