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Presos rebelados matam 4 e fazem 2 reféns em Minas

Por Agencia Estado
Atualização:

Cerca de 300 detentos da Penitenciária Agostinho de Oliveira Júnior, em Unaí, a 653 quilômetros de Belo Horizonte, na região noroeste do Estado, mantinham como reféns, até o início da noite desta segudna-feira, dois agentes penitenciários. A rebelião teve início pela manhã e, segundo a Polícia Militar de Minas Gerais, envolveu todos os detentos dos quatro pavilhões que integram o regime fechado do presídio. Quatro presos foram mortos pelos próprios colegas. A PM e a direção da penitenciária negociavam a libertação dos funcionários com representantes dos detentos, que reivindicavam transferências de pessoas para outros presídios do Estado. Eles também queriam a revisão de algumas penas e o aumento do número de visitas íntimas durante o período do carnaval. De acordo com informações do 28º Batalhão da Polícia Militar de Unaí, a situação era considerada "sob controle", e os reféns estavam sendo bem tratados pelos amotinados. Outros detentos também eram mantidos reféns. A rebelião começou por volta das 8h20 desta segunda-feira. Alguns presos escaparam dos pavilhões usando uma "teresa" - corda feita com lençóis amarrados - e conseguiram dominar dois dos oito agentes que estavam em uma área do presídio. Depois de dominar os funcionários Rodrigo Maciel Bertoldo, de 26 anos, e Walter de Souza Rocha, de 23, os rebelados mataram quatro detentos usando facas. Segundo a PM, os assassinatos foram provocados por disputas internas e "rixas antigas" entre os detentos. Três presos teriam sido mortos dentro do Pavilhão B. Os corpos foram arrastados para o pátio. Sessenta e três policiais militares participavam da operação para conter o motim. A PM cercou o presídio e parentes dos detentos foram para o local em busca de informações. No fim da tarde, o comandante da PM, tenente-coronel Evandro Jaques Mendonça, e o diretor da penitenciária, coronel Oliveira, se reuniram com quatro presos durante cerca de 30 minutos. A PM exigia o fim do motim para negociar as reivindicações dos detentos.

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